MPDFT apreende dólares em igreja de Sandra Faraj e suspeitas de crime aumentam

Os cofres da Comunidade Ministério da Fé, da
deputada distrital Sandra Faraj (SD) e de seu irmão, o segundo suplente de
senador Fadi Faraj (SD), estavam cheios de moeda nacional e estrangeira. O
dinheiro foi apreendido pelo Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT), na
manhã desta quinta-feira (27/04), como parte da Operação Heméra, e agora segue
para análise da Procuradoria-Geral do órgão. Até o momento, o valor não foi
contabilizado.

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operação foi deflagrada pela manhã e apura se a parlamentar cobra dízimo de até
30% do salário de pessoas em cargos comissionados indicados por ela. A suspeita
é que os crimes aconteçam na Secretaria de Justiça (Sejus), na Administração de
Taguatinga e no próprio gabinete da deputada.

Em nota lançada no início da tarde, a assessoria de
Sandra alegou que ela “apura os fatos ocorridos”, mas, como ainda não teve
acesso a detalhes do processo, ela vai esperar para se manifestar. “Estamos contribuindo com esclarecimentos e
informações demandadas pelos promotores”
, diz a nota.

Questionada, a Administração Regional de Taguatinga
respondeu que “nunca identificou e nem
tem conhecimento de repasse de dinheiro pelos servidores comissionados desta
RA”
. Já a Secretaria de Justiça ainda não se manifestou.

A deputada já enfrenta um processo de cassação do
mandato por suspeita de ter embolsado R$ 174 mil em verba indenizatória da
Câmara Legislativa. Ela teria dado calote na empresa Netpub, contratada para
criar um sistema de informática em seu gabinete, no 4º andar da Casa, mas ainda
assim teria pedido o reembolso.

O ex-jogador de futebol Jardel, hoje deputado
estadual no Rio Grande do Sul, foi alvo de ação similar à sofrida por Sandra
Faraj. O antigo ídolo do Grêmio foi acusado pelo MP regional de reter até R$ 30
mil de seus servidores comissionados do gabinete.

O destino de Jardel foi a perda do mandato,
sacramentada em dezembro de 2016 por unanimidade da Assembléia Legislativa do
RS. Foram 51 votos a favor da cassação e nenhum contra.

O processo contra Faraj na Câmara está congelado nas
mãos do corregedor da Casa, Juarezão (PSB).

(Eric Zambon)

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