O juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal
condenou, na última quarta-feira (20/9), o ex-governador do Rio de Janeiro
Sérgio Cabral pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e
pertencimento a organização criminosa. Somadas, as penas somam 45 anos e 2
meses de reclusão. O juiz também determinou o pagamento de multa. As
investigações foram feitas no âmbito da Calicute, um desdobramento da Operação
Lava Jato.
Segundo Marcelo, Cabral foi o “idealizador do
gigante esquema criminoso institucionalizado no âmbito do Governo do Estado do
Rio de Janeiro, era o chefe da organização, cabendo-lhe essencialmente
solicitar propina às empreiteiras que desejavam contratar com o Estado do Rio
de Janeiro, em especial a Andrade Gutierrez, e dirigir os demais membros da
organização no sentido de promover a lavagem do dinheiro ilícito”.
Além dele, também foram incluídos na sentença
outras onze pessoas, incluindo sua mulher, Adriana Ancelmo, condenada pela
primeira vez nesta operação, a Calicute. Ela foi sentenciada a 18 anos e três
meses de prisão, de deve voltar ao regime fechado, depois de ter conseguido o
benefício da prisão domiciliar.
Antes desta sentença, ele já havia sido condenado
no âmbito da Lava Jato pelo juiz Sergio Moro. Na época, o magistrado o
sentenciou a 14 anos e dois meses por corrupção e lavagem de dinheiro por ter
recebido propina da Odebrecht, da Andrade Gutierrez e Queiroz Galvão.
Lista dos condenados na sentença:
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Sergio Cabral: 45 anos e dois meses de prisão mais
multa;
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Wilson Carlos: 34 anos de prisão mais multa;
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Hudson Braga: 27 anos de prisão mais multa;
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Carlos Miranda: 25 anos de prisão mais multa;
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Luiz Carlos Bezerra: 6 anos e 6 meses de prisão
mais multa;
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Wagner Jordão Garcia: 12 anos e 2 meses de prisão
mais multa;
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Adriana Ancelmo: 18 anos e 3 meses de prisão mais
multa;
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Paulo Fernando Magalhães Pinto Gonçalves: 9 anos e
4 meses de prisão mais multa;
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Luiz Paulo Reis: 5 anos e 10 meses de prisão mais
multa;
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Carlos Jardim Borges: 5 anos e 3 meses de prisão
mais multa;
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Luiz Alexandre Igayara: 6 anos de prisão mais multa.
(Jornal Opção/Foto: Estadão/redação JAL)