A recente alta nos preços dos ovos no Brasil tem sido considerada “atípica” e pode persistir nos próximos meses, conforme avaliação de Marcio Milan, vice-presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Essa elevação foge do padrão observado nos últimos anos e preocupa tanto os consumidores quanto os varejistas.
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Fatores que contribuem para a alta dos preços:
Oferta restrita: No ano de 2024, houve um aumento de 10,5% na produção de ovos entre janeiro e setembro, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essa expansão levou a uma queda prolongada nos preços, o que fez com que os produtores ajustassem a oferta para equilibrar o mercado. Atualmente, a oferta está mais controlada, contribuindo para a elevação dos preços.
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Aumento da demanda: Com a proximidade da Quaresma, período em que tradicionalmente há maior consumo de ovos devido à redução no consumo de carnes, a demanda pelo produto aumentou. Além disso, a alta nos preços das carnes levou os consumidores a buscarem alternativas mais acessíveis, como os ovos.
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Custos de produção: O aumento nos custos de insumos, especialmente da ração para as aves, também tem impactado os preços finais dos ovos. Fatores climáticos e logísticos afetaram a produção de grãos, elevando os custos de alimentação das aves.
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Impacto nos preços:
Desde a segunda quinzena de janeiro, os preços dos ovos de galinha registraram alta de até 40% em diversas regiões do país. Em Bastos (SP), conhecida como a “Capital do Ovo”, a caixa com 30 dúzias de ovos brancos passou de R$ 168,58 em fevereiro de 2024 para R$ 208,97 em fevereiro de 2025.
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Perspectivas:
A expectativa é de que os preços dos ovos permaneçam elevados até o período da Quaresma. Após esse período, será possível avaliar se os preços se estabilizarão ou retornarão a patamares anteriores. Enquanto isso, os supermercados estão preocupados com a restrição na oferta e os aumentos sucessivos de preços, que podem impactar o consumidor final.
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O presidente Lula sugeriu que os consumidores evitem comprar ovos com preços abusivos, como forma de pressionar o mercado a reduzir os valores. Além disso, ele afirmou que o governo pretende dialogar com empresários e atacadistas para discutir medidas que garantam o abastecimento e preços mais acessíveis.
Outra possibilidade mencionada é o equilíbrio entre exportação e mercado interno, para que a venda de ovos ao exterior não cause escassez e aumentos excessivos no Brasil. O governo também avalia alternativas como a redução de impostos sobre importação de alimentos para conter a inflação no setor.
É importante que os consumidores fiquem atentos às variações de preços e considerem alternativas para manter uma alimentação equilibrada dentro do orçamento familiar.
valdivinodeoliveiraDRT001423/GO
