“Trata-se de um movimento harmônico, visto que as duas legendas nutrem
ideais e propostas convergentes para o país”, diz presidente do União, deputado
Luciano Bivar (PE). Para secretário-geral, ACM Neto (BA), sigla “reflete
princípios como valor da democracia, do Estado como garantidor de direitos
básicos, da liberdade para realização individual e da família como esteio da
sociedade”
“Criamos a maior ferramenta política
instalada no País”, proclamou o governador Ronaldo Caiado, nesta quarta-feira
(06/10), em Brasília, durante anúncio do União Brasil, legenda que nasce da
fusão do Democratas e do Partido Social Liberal. A sigla terá a maior bancada
da Câmara Federal, com 82 deputados, além de quatro governadores e oito
senadores. O presidente da legenda será o atual líder do PSL, deputado Luciano
Bivar (PE), e a secretaria-geral ficará com ACM Neto (BA), que hoje comanda o
DEM. O partido será pautado, segundo ele, “pela defesa intransigente da
democracia como princípio fundamental e inegociável, garantidora da tolerância,
pluralidade, respeito e diálogo”.
“O Democratas não chega com números.
Chega com a experiência de todos os seus representantes”, afirmou Caiado
durante a convenção. Ele foi empossado como um dos vice-presidentes da Comissão
Executiva Nacional Instituidora do União Brasil e destacou ainda que a fusão
aglutina princípios comuns aos dois partidos. “O Democratas e o PSL juntos têm
aquilo que nós sabemos: espírito público, garra e coragem. O Brasil tem jeito.
O Brasil tem rumo”, pontuou. O goiano, que é presidente do DEM estadual, também
apresentou alguns dos motes da nova sigla: “Combate à fome, à corrupção, ao
desemprego e, ao mesmo tempo, trazer esperança e dignidade ao povo brasileiro”.
Bivar disse que o novo partido surge
inspirado em modelos que já deram certo, e fez menção ao Iluminismo, ocorrido
no século XVIII, na França. “Lembrem-se que a história da humanidade é cíclica
e que a natureza do homem pode levar-nos a caminhos perigosos”, alertou.
“Vivemos tempos difíceis, poderes estranhos fustigam a democracia a todo
momento. Mas nós, representantes legítimos do povo, precisamos atuar por meio
de partidos políticos para que a democracia prevaleça”, continuou o presidente
da nova sigla. “Trata-se de um movimento harmônico, visto que as duas legendas
nutrem ideais e propostas convergentes para o país”, analisou.
O União Brasil, nas palavras de ACM
Neto, já nasce expressivo, de posição formada e cujos valores são imutáveis e
inegociáveis. “Nossas principais ferramentas serão o diálogo, a transparência,
o compromisso com a palavra empenhada, a excelência na formação de nossos
quadros políticos, a prioridade absoluta do interesse coletivo e, é claro, o
amor pelo nosso país”, resumiu o secretário-geral do novo partido.
Ainda de acordo com ACM Neto, o União
Brasil reflete princípios como o valor da democracia, do Estado como garantidor
de direitos básicos, da liberdade para realização individual e da família como
esteio e base da sociedade.
A nova sigla deve ser reconhecida pelo
número 44 nas urnas eletrônicas. A próxima etapa do processo de junção entre
DEM e PSL será o encaminhamento da formalização ao Tribunal Superior Eleitoral
(TSE) para que, em sequência, ocorra o estabelecimento da legenda. O União
Brasil surge já no primeiro lugar em verbas do Fundo Eleitoral (R$ 320 milhões)
e do Fundo Partidário (R$ 138 milhões). Possui, também, o maior tempo de TV para
as campanhas eleitorais. A expectativa das executivas nacionais de DEM e PSL é
de ainda mais crescimento após o estabelecimento da nova legenda, visando o
pleito de 2022.
“Ninguém está criando um partido para
ter alguém subordinado. Nós temos brasileiros que sabem conversar, dialogar,
ter a humildade para dizer qual é o melhor momento para enfrentarmos as crises
e quais são as ferramentas que devemos usar. É desta maneira: dialogando”,
explicou Caiado sobre o funcionamento do União Brasil, relembrando seus tempos
de parlamento.
“Aprendi muito na minha vida. Fui
parlamentar por seis mandatos, deputado e senador. No Congresso Nacional, você
aprende que, quando se é deputado federal, você é um entre 513. Se não governar
ouvindo as pessoas, todos os poderes constituídos e tendo simplicidade para
saber da vida como ela é, você não tem condições de ter apoio da população”,
reforçou Caiado.
“Vamos dedicar tempo e bom senso para
procurarmos o melhor caminho, a melhor saída para todos os estados, a fim de
que o União Brasil chegue, em 2022, com possibilidade de ser o partido mais
vitorioso nas urnas”, afirmou ACM Neto. Na visão do dirigente, é necessário
engajamento. “Nosso desejo é que, a partir de agora, a gente pense, raciocine
como União Brasil. Quero trazer uma palavra de tranquilidade de que todos os
envolvidos no processo de entendimento com o PSL estarão em busca de soluções
positivas para cada Estado do nosso país”, pontuou.
O democrata e senador da República
pelo Amapá, Davi Alcolumbre, subiu ao palco para ler uma carta do seu sucessor
na gestão do Senado Federal, o também democrata, mas por Minas Gerais, Rodrigo
Pacheco. No texto, o atual presidente do Senado deseja que a união gere frutos
não apenas para a agremiação política, mas também para o país, que “precisa
avançar sem demora na consolidação de uma sociedade plena, justa e
desenvolvida”.
“Este movimento singular e ímpar na
vida republicana, com o inestimável apoio de grandes lideranças, lançará as
bases as quais se erguerá uma pauta fundante de uma nova ordem partidária, com
a capacidade e a capilaridade para fazer a esperada representação dos anseios
da sociedade”, diz a carta de Pacheco.
Representantes do Congresso Nacional,
a líder da bancada do PSL no Senado Federal, senadora Soraya Thronicke, e o líder
do DEM na Câmara dos Deputados, Efraim Moraes Filho, ressaltaram a união por
meio das diferenças no novo partido. “Continuarei incentivando a participação
de mulheres na política, como já tenho feito em todo o período em que estou à
frente do PSL Mulher nacional. Temos ganhado cada vez mais protagonismo em
todos os setores da sociedade. Por isso, é hora de nos ajudarmos, de nos
orgulharmos e olharmos para outras mulheres como possibilidade de serem nossas
representantes em todos os níveis da política”, disse Thronicke. “É um
movimento estratégico e inteligente do ponto de vista político. É uma união
pelas diferenças que fazem parte deste todo, devem ser respeitadas, toleradas.
É isso que o União Brasil representa”, definiu Efraim.
Deputado federal por Goiás e
presidente estadual do partido, Delegado Waldir relembrou, durante o evento, a
aprovação da reforma eleitoral, em 2017, que previa a diminuição no número de
partidos políticos. Para ele, a fusão entre PSL e DEM abre precedente de modelo
que, em breve, outros partidos deverão seguir, pois não conseguirão montar, com
facilidade, chapas de deputados federais e estaduais. “A gente caminha para um
enxugamento partidário que é muito importante para, amanhã, o Executivo poder
governar com mais facilidade”, concluiu ele.
(Imparcial
Goiás) www.jornalaguaslindas.com.br
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