Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) foi eleito pela segunda vez presidente do Senado Federal neste sábado (1º), com expressiva votação de 73 senadores. Sua candidatura contou com o apoio de partidos como PL, PT, MDB, PSD, PP, PDT e PSB, consolidando uma ampla base política.
Alcolumbre já ocupou a presidência do Senado entre 2019 e 2021 e recebeu o respaldo do ex-presidente da Casa, Rodrigo Pacheco. Nascido em Macapá, em 19 de junho de 1977, é casado e pai de dois filhos. Ele é o quarto filho do mecânico José Tobelem e da empresária Julia Alcolumbre.
Sua trajetória política começou com a eleição para vereador de Macapá em 2000, cargo que ocupou até 2002, quando foi eleito deputado federal. Permaneceu na Câmara dos Deputados por três mandatos consecutivos, sendo reeleito em 2006 e 2010. Em 2014, venceu a disputa para o Senado, garantindo um mandato de oito anos. Em 2018, afastou-se do cargo para disputar o governo do Amapá, mas foi derrotado e retornou ao Senado.
Ao longo de sua carreira, Alcolumbre protagonizou polêmicas. Como deputado, conseguiu aprovar, em 2009, um projeto de lei que deu o nome de seu tio, Alberto Alcolumbre, ao Aeroporto de Macapá. Em 2013, utilizou verba de gabinete para abastecer seus carros em um posto de combustíveis pertencente à sua família. No Senado, indicou seu irmão, Josiel Alcolumbre, como primeiro suplente.
Em votações decisivas, Alcolumbre apoiou o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, votou a favor da reforma trabalhista de 2017 e ajudou a reverter a decisão do Supremo Tribunal Federal que afastava o senador Aécio Neves por acusações de obstrução de justiça e organização criminosa. Em 2018, também votou a favor do reajuste salarial dos ministros do STF.
Agora, reassumindo o comando do Senado, Alcolumbre enfrentará desafios importantes, como a relação com o Executivo e as discussões sobre pautas prioritárias para o Congresso.