Lula e Trump discursam nesta terça-feira (23) na 80ª Assembleia Geral da ONU. Segundo uma Doutora em Direito Internacional, o Brasil vive um momento de afastamento em relação aos EUA em meio a um cenário global de tensões e incertezas.
O Brasil atravessa um momento delicado em suas relações diplomáticas com os Estados Unidos. A avaliação é de uma especialista em Direito Internacional, que aponta sinais de ruptura política e estratégica entre as duas maiores potências do continente americano.
O tema ganha relevância nesta terça-feira (23), quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-presidente norte-americano Donald Trump fazem discursos na 80ª Assembleia Geral da ONU, em Nova York. Ambos devem adotar tons distintos, o que pode ampliar a percepção de distanciamento entre os dois países.
Segundo a especialista, o Brasil tem buscado ampliar alianças no eixo Sul-Sul, fortalecendo sua posição em blocos como os BRICS, ao mesmo tempo em que endurece críticas à condução da política externa norte-americana. Esse reposicionamento é visto como um movimento de afirmação de soberania, mas que pode trazer riscos no campo econômico e diplomático.
Cenário global complexo
A ruptura ocorre em meio a um cenário global marcado por guerras, crises humanitárias e disputas comerciais. Para analistas, o Brasil tenta se equilibrar entre a defesa de um multilateralismo mais justo e a necessidade de preservar relações com parceiros históricos, como os Estados Unidos.
Apesar do afastamento, especialistas destacam que ainda existe espaço para diálogo e recomposição, sobretudo nas áreas de meio ambiente, comércio e segurança internacional.
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