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“Trabalhador cansado, governo calado: insatisfação marca o Dia do Trabalho”

Promessa sem ação: Governo acena com redução de jornada, mas abandona proposta no Congresso
A fala do presidente Lula em apoio à redução da jornada de trabalho acendeu uma esperança entre trabalhadores e centrais sindicais. Mas a realidade nos bastidores de Brasília mostra que o governo federal não está disposto a bancar essa bandeira.

A proposta de diminuir a carga semanal — de 44 para 40 horas, ou até 36 em alguns setores — ganhou fôlego no discurso, mas parou na prática. O Planalto não incluiu a pauta entre as prioridades legislativas, tampouco mobilizou sua base no Congresso para votar qualquer projeto nesse sentido.

A ilusão do apoio
Apesar das falas públicas do presidente, o tema ficou à margem da articulação política. Nos bastidores, auxiliares diretos de Lula reconhecem que há resistência do setor empresarial, receio de impacto sobre a produtividade e falta de consenso dentro da própria equipe econômica.

Com isso, o Executivo optou por lavar as mãos e transferir a responsabilidade ao Legislativo — onde a chance de avanço é mínima diante do atual perfil conservador da Câmara e do Senado. O risco maior é que a proposta seja engavetada ou enfraquecida antes mesmo de ser debatida.

1º de Maio sem conquistas
Em mais um Dia do Trabalhador, o que se vê é um cenário de estagnação: salários defasados, crescimento da informalidade e nenhuma conquista concreta em 2025. O discurso político continua, mas as condições reais de trabalho seguem deterioradas.
Enquanto isso, o trabalhador assiste ao esvaziamento de suas pautas e à transformação do 1º de Maio em mais um dia de promessas não cumpridas.
“É fácil ouvir promessas durante a campanha e ver discursos bonitos no 1º de Maio. Difícil é enfrentar a realidade do dia a dia: jornadas intermináveis, salários que mal cobrem as contas e a sensação de que, cada vez mais, o trabalhador é deixado de lado. O governo alega apoio à redução da jornada, mas onde estão as ações concretas? É hora de parar de falar e começar a agir, antes que a paciência se esgote de vez.” ValdivinodeoliveiraDRT001423/GO fotodivulgaçao

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