Das 716 pessoas internadas na unidade,
somente 150 se vacinaram contra a covid-19, o que representa apenas 20,9%,
contra 79,1% de não vacinados. Contabilizando o número de óbitos, foram
registrados 281. Das pessoas que vieram a óbito, somente 58 haviam se vacinado
com, pelo menos, uma dose, as outras 223 não tinham tomado a vacina.
“A vacina é a principal estratégia
para prevenir principalmente os casos graves e o número de óbitos. Pessoas com
doenças crônicas, imunossuprimidas e idosos são grupos de maior vulnerabilidade
e requer atenção quanto ao manejo clínico adequado. Nestes casos, a vacina
salva vidas e previne complicações e óbitos”, explica Fabiano dos Anjos,
diretor de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde.
No Hospital de Campanha do Gama, 403
pacientes receberam alta hospitalar e destes, somente 78 se vacinaram.
Atualmente, 32 pessoas estão internadas na unidade, e destas, 11 completaram o ciclo
vacinal e três tomaram a primeira dose da vacina contra covid-19.
Fabiano reforça que mesmo as pessoas
vacinadas podem se contaminar com o coronavírus. Porém, a vacina é um fator de
proteção que evita o desenvolvimento de casos graves e também, óbitos.
“A doença e o óbito dependem mais da
capacidade do vírus de causar infecção. Se ele (vírus) encontra um organismo
que não está protegido pela vacina, ele consegue causar danos muito maiores e
até irreversíveis”, informa.
De acordo com o diretor de Vigilância
Epidemiológica, as medidas de proteção como uso de máscara, distanciamento
social, lavagem de mãos, uso de álcool em gel, e isolamento de pessoas com
sintomas, diminui a possibilidade de doentes transmitirem a covid-19 para
outras pessoas.
Hospital de Campanha de Ceilândia
Até a primeira quinzena de outubro,
406 pacientes já haviam recebido alta ou permaneciam internados no Hospital de
Campanha de Ceilândia. Desse total, apenas 31 haviam sido vacinados com a
primeira dose e 51 receberam duas doses ou dose única. Os demais não tinham
sido vacinados.
Considerando os óbitos por covid-19 em
pacientes internados na mesma unidade, o monitoramento revela que, dos 226
pacientes que faleceram, 73,9% não tinham recebido ao menos uma dose. Desses,
19,5% receberam as duas doses e 6,6%, apenas uma dose.
(J.Br)
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