O Republicanos convocou filiados e pré-candidatos para a convenção marcada para amanhã (5/8), com um suspense. O destino da ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos Damares Alves será anunciado na hora. A dúvida tem motivo. O projeto está amarrado a várias articulações de bastidores. Ela pode ser candidata ao Senado em chapa avulsa no grupo do governador Ibaneis Rocha (MDB), com o Republicanos fechando na frente de partidos pela reeleição. Mas, se isso ocorrer, o PL vai considerar que houve uma quebra de acordo com a deputada Flávia Arruda (PL-DF), a candidata ao Senado da chapa. Damares e Flávia Arruda disputam o mesmo eleitor bolsonarista.
Acordo subiu no telhado
Quando fecharam o acordo, sacramentado pelo presidente Jair Bolsonaro, Ibaneis Rocha e José Roberto Arruda acertaram que a candidata ao Senado na chapa da reeleição seria Flávia Arruda, e Damares sairia da jogada. Mas a possível volta da ex-ministra de Bolsonaro ao cenário eleitoral como rival de Flávia pode melar o acordo.
Vai e vem de partidos
O Pros é um dos partidos que deve fechar com a candidatura do empresário Paulo Octávio, presidente regional do PSD, ao governo. A sigla estava na aliança em torno da reeleição de Ibaneis Rocha (MDB), mas uma decisão judicial devolveu o comando da legenda para Euripedes Júnior, e o Pros segue agora para a base de Paulo Octávio.
Propostas recusadas
Desde que o PSD lançou sua preferência ao GDF, Paulo Octávio (PSD) esteve em várias reuniões com o governador Ibaneis Rocha (MDB) e com a senadora Flávia Arruda (PL). Nos encontros, disse que não aceitava nada. Agora, quer apenas concorrer ao governo.
12 anos depois…
O empresário Paulo Octávio já foi deputado federal, senador e vice-governador do Distrito Federal. Nunca perdeu uma eleição. Pretendia concorrer ao governo em 2010. Agora, 12 anos depois, pode ser a hora.
Vídeo caseiro no lançamento da candidatura ao Buriti
Muita gente apostou que, colocando-se na disputa ao Palácio do Buriti, José Antônio Reguffe estava jogando, em uma estratégia para ser, na verdade, candidato ao Senado. Mas ele sempre quis concorrer ao governo. Trabalhou para construir uma aliança ampla, mas nunca teve apoio real do União Brasil. No lançamento de sua pré-candidatura, o senador fez um vídeo caseiro, gravado pelo celular, sem produção. Reguffe aparece sozinho, seguindo o próprio script. Nas ruas, no entanto, ele é incentivado a disputar.
Disputa pelo cabo eleitoral
Se Reguffe não sair candidato, haverá uma disputa pelo apoio do senador como cabo eleitoral entre os políticos que permanecerem na campanha.
Vingadores na campanha do DF
Uma paródia do filme Vingadores: Ultimato está fazendo sucesso no YouTube. É uma adaptação para a disputa eleitoral deste ano no Distrito Federal feita pela equipe do candidato Rafael Parente (PSB). O governador Ibaneis Rocha (MDB) aparece como o vilão Thanos, e Parente é o Homem de Ferro, o bilionário que usa uma armadura com alta tecnologia no combate ao crime nos filmes da Marvel. O problema é que, no filme reproduzido, os dois morrem no fim. Parente diz que o vídeo foi dirigido para jovens e bombou. Saiu da bolha. Mas, agora, ele vai pedir outro personagem que sobreviva ao combate.
Fica, Paco
O projeto do Executivo que cria a Agência de Desenvolvimento Habitacional com mandatos para a direção está sendo chamado na Câmara Legislativa de “Fica, Paco”. É que o vice-governador Paco Britto, do Avante, deve assumir mandato no órgão a ser criado pelos deputados distritais. Se for presidente, ficará cinco anos.
Que fique para 2023
O deputado distrital Chico Vigilante, do PT, foi o primeiro a reclamar da proposta de criação da Agência de Desenvolvimento Habitacional: “Como é que o Executivo, em um período de disputa eleitoral, manda para o Legislativo uma matéria dessas? Ainda mais, para mudar um órgão tão importante quanto a Codhab (Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal). Sou contrário a isso e adianto que não vamos aceitar, em hipótese alguma, a votação dessa matéria este ano. Que fique para 2023”. O petista diz que os dirigentes da agência terão total controle pela política habitacional, e o próximo governador não terá autonomia.
CB