Após repercussão negativa de postagem em suas redes sobre a saúde do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o candidato do PDT ao Planalto, Ciro Gomes, reconheceu, ontem, que o ataque foi “meio duro demais”. A declaração foi dada em coletiva a jornalistas após encontro com representantes do comércio e do setor de serviços em Brasília.
“Veja, eu não falei nada sobre estado de saúde. Eu só achei que aquilo ali era meio duro demais e poderia entrar na má inteligência”, sustentou. “O que eu estou falando é que o Lula perdeu a capacidade moral de enfrentar o (Jair) Bolsonaro e a direita sanguinária no Brasil. Então, refraseando, é só isso que eu quis dizer.”
Na conta de Ciro no Twitter, na segunda-feira, foi publicada uma postagem com uma foto de Lula no debate da Band e uma legenda apontado que o adversário “está cada dia mais fraco, fisicamente, psicologicamente e teoricamente, para enfrentar a direita sanguinária”. Ante o argumento de um jornalista na coletiva que a postagem contém, sim, menção à saúde do petista, Ciro desconversou: “Não vou entrar nessa futrica não”.
Reforma tributária
O presidenciável participou do encontro organizado pela União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços (Unecs) na capital federal. Ele classificou como mentirosas as promessas de Lula de trazer “picanha e cerveja” para o povo. “É a difusão de uma memória mentirosa de um tempo que não existiu, que todos os pobres tinham picanha e cerveja”, rebateu. Para o candidato, o petista transformou a corrupção no “modelo central de governança” no Brasil.
Ele também apresentou seu programa de governo, especialmente para a área econômica. “Meu plano pretende impor ao Brasil, democraticamente, um padrão”, destacou. “Deveríamos impor a tarefa de ser um Portugal, país mais pobre da Europa, em 30 anos.”
Uma das principais propostas do pedetista é fazer uma reforma tributária, mas ele enfatizou que não pode assegurar diminuição da carga tributária. “O que eu prometo é deslocar a carga tributária do consumo, descomprimir a atividade dos serviços do comércio. Porém, vou ter de pesar um pouco a mão sobre o patrimônio da pessoa física”, comentou.
CB