O ex-secretário-geral da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) Valério Neves estava escondido no sótão de casa, no Lago Sul, antes da prisão nessa terça-feira (12/7). O empresário é acusado de ter envolvimento em um duplo homicídio ocorrido na cidade de Cavalcante (GO), em 2020.
Policiais civis de Goiás abordaram Valério no sótão. Questionado pela PCGO o motivo de estar se escondendo, o empresário respondeu: “Não quero me expor”. E pediu que os policias seguissem com a “busca que quiserem”.
De acordo com as investigações conduzidas pela PCGO, Jorque Ramos e Roniel Alves foram executados a tiros quando erguiam uma cerca que avançaria sobre uma parte das terras de Valério Neves.
Segundo as apurações, o ex-secretário-geral da CLDF teria determinado ao gerente de sua fazenda, identificado como Antônio Cardoso de Miranda, que matasse os homens. Para a empreitada, o executor teria chamado o irmão, Divino Cardoso de Miranda, para ajudá-lo a cometer o crime. Após serem executadas a tiros, as vítimas foram abandonadas em um pasto da região.
Pistoleiro
O delegado que conduziu o inquérito, Adriano Jaime, afirmou que Antônio está preso, mas o irmão dele segue foragido. “Inclusive, esse homem que era o gerente da fazenda de Valério e morava na propriedade já tem passagem por homicídio. Estamos no encalço do irmão dele”, afirmou.
Logo após ser detido, Valério foi levado para fazer exames de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML), procedimento padrão antes de ingressar no presídio.
Valério Neves é um dos personagens mais conhecidos na política brasiliense. Foi braço direito de Joaquim Roriz durante quase toda a trajetória política do ex-governador do DF. E, até hoje, mantém excelentes relações com os mais variados campos políticos.
Metrópoles