Simone tinha a pretensão de vir morar com a mãe, na região do Gama, desde outubro de 2022, mas João não queria se mudar pois falou que seria muito difícil conseguir emprego na capital. Por isso, a vítima resolveu se separar e vir para o Gama, em dezembro do mesmo ano. Ela veio morar com a mãe e trouxe as duas filhas, de 9 e 15. Simone continuou pedindo auxílio financeiro para João, que foi quando ele começou a questionar por que ela pedia tanto dinheiro.
O autor do feminicídio chegou a Brasília no sábado (13/2) e voltaria ao Espírito Santo na quarta-feira (15/2). Ele teria vindo apenas visitar as duas filhas do casal, de acordo com o delegado responsável pelo caso, Sadi Jorge.
De acordo com a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) e com a Secretaria de Justiça do Espírito Santo (Sejus), João Alves não tinha passagem pela polícia.
O crime
João Alves matou a ex-mulher, Simone Sampaio, a facadas no Setor Central do Gama. O feminicídio aconteceu por volta das 8h desta segunda-feira (13/2). O autor do crime foi preso em flagrante pela Polícia Militar do DF e foi levado até o Hospital Regional do Gama (HRG) por conta de um ferimento leve. Após o atendimento, ele prestou depoimento na 20ª Delegacia de Polícia.
Simone deixou três filhos, de 21, 15 e 9 anos. Esse é o sexto caso de feminicídio no Distrito Federal neste ano e o segundo caso em fevereiro. Em todos os registros, até o momento, a vítima já tinha se relacionado com o autor do crime.
Policial militar que estava de folga, o sargento Wenderson Souza foi responsável pela prisão em flagrante de João Alves. Na hora do crime, ele passou de carro pelo local e presenciou toda a cena. Ele contou ao Correio que viu quando João estava mais ou menos a um metro de distância de Simone, com a faca na mão. “Ele avançou e deu pelo menos quatro facadas nela”, disse.
O militar afirmou que, logo em seguida, o homem saiu correndo do local. Souza o perseguiu e deu voz de prisão. “Ele obedeceu, deitou no chão”.
CB