O empresário Rogério Saladino dos Santos, de 56 anos, que matou uma investigadora da polícia a tiros em frente a sua casa, nos Jardins, área nobre da zona oeste de São Paulo, e acabou morto pelo colega da policial já foi preso por homicídio em 1989, conforme informações do boletim de ocorrência.
No dia do ataque, no sábado (16), ocorria uma festa na mansão de Rogério. Segundo a polícia, foram encontradas drogas como maconha e haxixe no local. Além disso, o homem e os demais convidados fizeram grande uso de bebidas alcoólicas.
No relato dos agentes que atenderam à ocorrência está registrado que, além das drogas, foram encontradas armas numa gaveta do empresário. “Localizamos em uma gaveta do closet de Rogério, no 2º pavimento, 32 munições íntegras calibre .380 e cinco munições íntegras calibre .45, além de um carregador para cada calibre. Nessa mesma gaveta havia aproximadamente 20 invólucros contendo o que aparentavam ser substâncias entorpecentes (maconha, haxixe e drogas sintéticas).”
O homem era sócio-presidente do Grupo Biofast, laboratório que realiza exames de análises clínicas e imagem. Segundo a Abramed (Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica), a Biofast tem dez unidades de coleta e sete hospitais espalhados por São Paulo, Bahia e Ceará.
Ele namorava a modelo Bianca Klamt, que lamentou a morte do amado nas redes sociais. “Meu coração está em prantos. Ainda não acredito nisso, te amo eternamente”, escreveu a mulher na publicação com uma foto ao lado de Rogério.
Segundo informações de testemunhas, Milene Bagalho Estevam, de 39 anos, investigava um furto ocorrido nas imediações da mansão do empresário no dia anterior. Ela buscava imagens de câmeras de segurança, juntamente com um colega, também policial.
Na casa do empresário, ocorria uma festa, e as testemunhas informaram à polícia que houve um grande consumo de bebidas alcoólicas. No local, foram encontradas porções de drogas.
Quando a investigadora se aproximou para pedir as imagens da câmera de segurança, Rogério teria desconfiado se tratar de falsos policiais, pegou uma arma e abriu fogo contra os agentes. A policial foi atingida no peito.
Vizinhos ouviram pelo menos nove tiros. O policial que acompanhava a investigadora reagiu, atirou e atingiu o dono da casa. Um funcionário dele pegou a arma caída para atirar nos agentes, mas também foi alvejado.
A investidora chegou a ser levada ao pronto-socorro da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, mas não resistiu. Os dois homens, o empresário e o segurança dele, baleados pelo colega da policial, morreram no local.
O caso está sendo investigado pelo DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa).
R7