Vítimas de uma barbárie, Helena Maria da Costa Moreira, 50 anos, e o marido, Laércio José Moreira, 64, foram colocados um ao lado do outro para serem assassinados e morreram abraçados, na cozinha de casa, no P Sul, em Ceilândia. O caso é investigado pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) como latrocínio (roubo seguido de morte) e um dos envolvidos foi preso. Outros quatro autores estão sendo investigados e são considerados foragidos.
Era início de tarde de segunda-feira, quando Helena e Laércio se preparavam para sair de casa. O portão da residência estava com o cadeado solto, momento em que os criminosos aparecem em imagens do circuito interno de segurança colocando a mão por dentro do portão e abrindo. Segundo as investigações da 23ª Delegacia de Polícia (P Sul), os assaltantes executaram as vítimas com tiros na cabeça. Os dois foram encontrados abraçados.
Pais de três rapazes, no momento do crime, os filhos não estavam na casa. Helena trabalhava em um hospital, e Laércio era vendedor de salgadinhos na região. “A nossa primeira linha de investigação é de latrocínio. Todos os autores estavam há dois dias virados, em decorrência do uso de drogas pesadas”, afirmou o delegado-adjunto da 23ª DP, Vander Braga.
Roubo
Toda a ação dos criminosos na casa durou menos de dois minutos. Nas filmagens colhidas pela polícia, o motorista estaciona o carro em frente à casa das vítimas, enquanto os outros três homens descem e entram no imóvel. Os assaltantes levaram o carro do casal, bem como dois celulares e uma televisão.
Logo após cometer o latrocínio, os criminosos estacionaram o veículo das vítimas em uma área de mata e descarregaram o extintor de incêndio sobre o carro, a fim de apagar as impressões digitais. “Depois disso, os autores ainda levaram o carro a um lava-jato do Recanto das Emas. Depois de uma hora, um dos envolvidos foi buscar o automóvel, momento em que efetuamos a prisão”, detalhou o delegado.
O homem preso teria ficado encarregado de dirigir para os criminosos, revelaram as investigações. Em depoimento, ele contou que os executores são amigos e não tinha noção de que os comparsas iriam cometer um crime desse tipo. As investigações seguem no sentido de localizar os outros quatro envolvidos. Caso sejam condenados, os acusados podem pegar de 20 a 30 anos de prisão.
CB