Na quarta-feira 22, o Pentágono divulgou uma foto aproximada do balão espião chinês que sobrevoou o país por dias, antes de ser abatido pelo governo norte-americano na Carolina do Norte. A imagem foi feita em 3 de fevereiro.
As autoridades suspeitam que o equipamento tenha feito registros importantes do território, como o de um dos três centros de comando do arsenal de mísseis balísticos intercontinentais do país, localizado no Estado de Montana.
Depois de revelada a origem do balão, os Estados Unidos intimaram a China. O Partido Comunista (PCC) alegou tratar-se de um objeto para fins meteorológicos que perdeu o rumo e acabou indo em direção aos EUA. A Casa Branca, contudo, não acreditou na versão do PCC e mandou derrubar o balão.
Partes dos detritos, incluindo sua carga útil, foram recuperados e estão sendo analisados, conforme informou a vice-secretária de imprensa do Pentágono, Sabrina Singh.
O Departamento de Estado dos EUA informou que o balão tinha diversas antenas em um arranjo que “provavelmente conseguia coletar e geo-localizar comunicações”. Os painéis solares da máquina eram grandes o suficiente para produzir energia para operar “vários sensores ativos de coleta de inteligência”.
Algumas características do balão foram reveladas:
É um equipamento que voa em altitudes elevadas;
Pode ser equipado com sensores de alta tecnologia capazes de captar transmissões de rádio, celular e outras que não podem ser captadas por satélites, por exemplo;
Opera de 24 km a 37 km de altitude, muito acima de rotas comerciais (no máximo 12 km de altitude);
Geralmente movido por correntes de vento;
Pode funcionar com energia solar;
Também pode ser guiado à distância;
Muito usado pelos EUA e pela União Soviética durante a Guerra Fria;
Considerado uma alternativa e em relação a satélites.
A máquina iniciou sua viagem controlada em território norte-americano em 28 de janeiro. O balão foi rastreado sobre Montana no início de fevereiro, logo depois de viajar pelas Ilhas Aleutas e pelo Canadá.
Revista Oeste