Lula diz que Israel impõe “punição coletiva” ao povo palestino

Presidente defendeu, na Cúpula da Celac, a união dos países latino-americanos e pediu que Conselho de Segurança da ONU entre em consenso para acabar com "matança" no Oriente Médio

Foto: Ricardo Stuckert

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva subiu o tom contra Israel e acusou o país de promover uma “carnificina” na Faixa de Gaza. Em reunião da Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), nesta sexta-feira (1º/3), em São Vicente e Granadinas, no Caribe, o chefe do Executivo disse que “a nossa humanidade” está em jogo.

“A tragédia humanitária em Gaza requer, de todos nós, a capacidade de dizer um ‘basta’ para a punição coletiva que o governo de Israel impõe ao povo palestino. As pessoas estão morrendo na fila para obter comida. A indiferença da comunidade internacional é chocante”, declarou o petista. O presidente ainda propôs ao secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, uma moçao da Celac “pelo fim imediato desse genocídio”.

Lula destacou que Guterres pode “invocar o artigo 99 da carta da ONU” — que estabelece que o secretário-geral poderá levar ao Conselho de Segurança “para qualquer assunto que em sua opinião possa ameaçar a manutenção da paz e da segurança internacionais” — e, assim, chamar a atenção para a guerra no Oriente Médio.

“Faço um apelo ao governo japonês, que assume a presidência do Conselho [de Segurança] a partir de hoje, para pautar esse tema com toda urgência. Também quero pedir aos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, que deixem de lado suas diferenças e ponham fim a essa matança”, clamou.

O presidente chamou atenção para a quantidade de mortes decorrente do conflito entre Israel e Hamas, e pediu a libertação dos reféns do grupo terrorista. “A vida dos reféns do Hamas estão em jogo e é preciso resgatá-los”, enfatizou.

Correio Braziliense

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