De acordo com fontes do jornalista David Faber, da CNBC, o negócio foi concretizado ainda hoje. Musk tinha até a sexta-feira (28) para concluir o processo, data limite imposta pelo tribunal para que ambas as partes entrassem em acordo.
Segundo o jornal The Washington Post, Musk teve como uma das primeiras decisões a demissão de executivos do alto escalão do Twitter. Entre eles o CEO Parag Agrawal, o CFO Ned Segal e a chefe de política legal, confiança e segurança Vijaya Gadde.
Musk e Agrawal já haviam discutido publicamente por causa das acusações do CEO da Tesla de que a plataforma estaria mentindo sobre a quantidade real de contas falsas, bots e spam.
Mais cedo, Musk divulgou uma carta aberta a anunciantes em sua conta no Twitter. Segundo ele, a compra não seria motivada para “fazer dinheiro”, mas, sim, “porque é importante, para o futuro da civilização, termos um centro digital comum, onde uma grande parte das crenças possam ser debatidas de forma saudável, sem violência”.
Segundo o Insider, Agrawal recebeu US$ 38,7 milhões na demissão. Segal teria recebido US$ 24,5 milhões, enquanto Gadde, US$ 12,5 milhões. Sarah Personette, diretora de clientes e que também foi demitida, recebeu US$ 11,2 milhões.
O que acontecerá com o Twitter?
Musk conseguiu se esquivar de um depoimento sobre o caso. Marcado para setembro e depois postergado para 6 e 7 de outubro, ele daria respostas sobre a aquisição, mas dias antes informou que cumpriria a compra. Entretanto, o depoimento foi adiado após Musk voltar atrás e afirmar que fecharia a compra. Nesse processo, as ações da empresa chegaram a despencar e estão avaliadas, na noite de hoje, US$ 53,70.
Ainda não há clareza sobre quais serão os rumos tomados para o Twitter por Musk. No início do mês, o executivo informou que “comprar o Twitter é um acelerador para criar o X, o aplicativo de tudo”.
Em uma entrevista realizada em abril, ele defendeu que a aquisição teria foco em liberdade de expressão. Na ocasião, Musk também defendeu que o Twitter é uma “praça [pública] da cidade digital onde assuntos vitais para o futuro da humanidade são debatidos”. Ele também informou que planejava implementar novos recursos, abrir os algoritmos da rede social, além de desarticular cadeias de bots e spam.
Na última semana (18), o bilionário publicou memes sugerindo uma “aliança” com Kanye West, que recentemente anunciou a compra da rede social Parler e o ex-presidente dos EUA Donald Trump, que é proprietário da rede Truth Social.
Até o momento, Musk e o Twitter ainda não se pronunciaram oficialmente sobre o fechamento do acordo de aquisição.
Tecmundo