A China acusou os Estados Unidos de difamação, devido ao discurso do presidente Joe Biden, na terça-feira 7, no evento “Estado da União”, que mencionou repetidamente a competição entre os dois países. Segundo o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Mao Ning, em um briefing diário na quarta-feira, 8, a China não teme competir com os EUA, mas “se opõe a definir todo o relacionamento China–EUA em termos de competição”.
“Não é prática de um país responsável difamar um país ou restringir os direitos legítimos de desenvolvimento do país, sob a desculpa da concorrência, mesmo à custa de interromper a cadeia industrial e de suprimentos globais”, disse Mao.
Biden mencionou a China diversas vezes durante o seu discurso e citou o seu líder, Xi Jinping, destacando como os EUA estão cada vez mais preparados para competir com Pequim, ao mesmo tempo em que procuram evitar conflitos. “Deixei claro com o presidente Xi que buscamos competição, não conflito”, disse Biden.
“Não pedirei desculpas por estarmos investindo para tornar a América forte. Investir na inovação norte-americana, em indústrias que definirão o futuro e que o governo da China pretende dominar”, afirmou. Biden advertiu que, se a China ameaçar a soberania dos Estados Unidos, a defesa norte-americana vai agir. “Se a China ameaçar nossa soberania, agiremos para proteger nosso país”, disse o presidente norte-americano, numa referência direta ao abate, no sábado 4, de um balão espião chinês que havia atravessado o território dos Estados Unidos.
Revista Oeste