O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu aplausos de argentinos ao chegar na posse de Javier Milei, neste domingo (10/12), em Buenos Aires. Antes de ir ao evento, Bolsonaro posou para fotos junto de aliados, como o governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas (Republicanos); do governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL); e do do governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro (PL).
O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e o deputado federal Zé Trovão (PL-SC) também fazem parte do grupo que foi à capital argentina para acompanhar a posse do ultraliberal, que ganhou a eleição do peronista Sergio Massa.
O representante oficial do governo brasileiro é o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, que até o momento tem evitado se manifestar. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva quebrou tradição ao não ir à posse, assim como fez Bolsonaro à época em que Alberto Fernández assumiu o governo argentino, em 2019.
Conhecido por colecionar falas polêmicas durante a campanha, o argentino já se referiu a Lula como um “comunista raivoso” e “socialista com vocação totalitária”, e chegou a dizer que não faria acordos com governos “comunistas”. Após a vitória, no entanto, Milei adotou uma postura mais moderada e convidou Lula para a posse.
Honras de chefe de Estado
Ao todo, a comitiva de Bolsonaro tem 50 pessoas. O convite ocorreu antes mesmo da comunicação com o governo Lula. O ex-presidente foi recebido pelo argentino com honras de chefe de Estado, apesar de estar inelegível, em razão de decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e ocupa na posse lugar ao lado de presidentes de outros países, como Volodymyr Zelensky, da Ucrânia.
Correio Braziliense