Aliado antigo de Luiz Inácio Lula da Silva, o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, cancelou horas antes o encontro que teria com o petista na Argentina. Os integrantes do governo venezuelano identificaram uma “ameaça” à segurança nacional do país, com alegação de que haveria um plano de agressão contra a delegação.
“Nas últimas horas fomos informados de um plano elaborado no cerne da direita neofascista cujo objetivo é realizar uma série de agressões contra nossa delegação”, afirmou Caracas, justificando a ausência de Maduro na reunião.
A “ameaça” alegada pelo governo chavista seria uma ordem de prisão internacional expedida pelos Estados Unidos contra o ditador. Por esse motivo, Maduro só viaja para outro país quando tem a certeza de que não será capturado pelas autoridades locais.
O governo venezuelano precisaria ainda realizar a viagem em uma aeronave de bandeira argentina, e não venezuelana, para evitar a possibilidade de Maduro ser detido em espaço aéreo internacional.
Maduro “não teve garantias de que não seria capturado e enviado aos EUA”, disse o tenente venezuelano José Antonio Colina ao jornal Estado de S. Paulo. Segundo ele, a rota do avião do ditador também era um problema, pois seria necessária a garantia dos países de que a aeronave não seria obrigada a aterrissar.
Na semana passada, quando foi anunciado que o ditador venezuelano havia sido convidado a visitar o país, representantes da oposição argentina — maioria no Congresso — começaram a se manifestar contra a viagem e pediram a detenção do chavista por crimes de lesa-humanidade.
Revista Oeste