Um vereador de Inhumas, município da região metropolitana da capital goiana, foi preso nesta quarta-feira (14/2), pela Polícia Federal, durante a sexta etapa da Operação Lesa Pátria. O parlamentar José Ruy (PTC) foi levado para Goiânia, onde prestou depoimento na sede da corporação.
O vereador aparece em vídeos registrados no dia 8 de janeiro, durante a invasão ao Congresso Nacional.
Pelas imagens é possível ver José Ruy caminhando e acenando para a câmera enquanto estava no telhado do Congresso, depois de furar o bloqueio que havia no acesso à Praça dos Três Poderes.
Ao portal G1, o advogado e assessor jurídico da Câmara Municipal de Inhumas, Jackson Vagner Nascimento de Souza, confirmou a participação do parlamentar no ato, no entanto, informou “que não há envolvimento dele em atos de vandalismo”.
Prefeito bolsonarista
Em outubro, o prefeito de Inhumas, João Antônio (PSD), declarou apoio aos protestos bolsonaristas contra o resultado das eleições que bloquearam rodovias pelo país. Além disso, ele prometeu dar suporte com banheiro químico e comida para os manifestantes.
A declaração de apoio foi dada em vídeo para a página no Instagram Jornal Informativo, na noite da segunda-feira (31/10), horas após bloqueio da rodovia GO-070, que corta o município.
“Vim aqui dar apoio a esse pessoal que está lutando por um Brasil melhor, um Brasil mais justo. Aqui estou para dar apoio, estar junto deles, como nós estivemos no sábado. É uma manifestação pacífica. A Polícia Militar está nos dando todo o respaldo e apoio, sabendo agir com habilidade e delicadeza inclusive”, defendeu o prefeito de Inhumas na gravação.
Sexta etapa
A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta terça-feira (14/2), a sexta fase da Operação Lesa Pátria, para identificar participantes, financiadores, quem se omitiu na ocasião ou fomentou os atos terroristas cometidos em 8 de janeiro, em Brasília, contra as sedes dos Três Poderes.
Com o ato, foram presas cinco pessoas. As detenções aconteceram em Indaiatuba (SP), Inhúmas (GO), Santo Antônio da Platina (PR), Governador Valadares (MG), Coronel Fabriciano (MG) e Ouro Preto (MG – a prisão, na verdade, aconteceu com um morador de Ouro Preto, mas foi feita em Uberlândia, também Minas Gerais).
Os fatos investigados constituem, inicialmente, crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.
As investigações seguem, e a Operação Lesa Pátria se tornou permanente, com atualizações periódicas quanto ao número de mandados judiciais expedidos, pessoas capturadas e foragidas.
Metrópoles