Cinco pessoas são acusadas de participarem da maior chacina do DF

O documento, arrolado por 24 testemunhas, foi enviado à Justiça pelo Ministério Público nesta manhã. Caso o Tribunal do Júri de Planaltina aceite a denúncia, os cinco presos tornam-se réus

Foto: PCDF

Denunciados pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDF), os cinco acusados de participar da maior chacina do DF podem pegar até 385 anos de prisão por todos os crimes cometidos. Gideon Batista de Menezes, 55 anos; Horácio Carlos, 49; Carlomam dos Santos, 26; Fabrício Canhedo, 34; e Carlos Henrique Alves, 27, estão presos no Complexo Penitenciário da Papuda. Em coletiva de imprensa promovida na tarde desta quinta-feira (2/2), na sede do Ministério Público do DF (MPDFT), os promotores Nathan da Silva Neto e Daniel Bernoulli apresentaram os detalhes da denúncia.

O documento, arrolado por 24 testemunhas, foi enviado à Justiça nesta manhã. Caso o Tribunal do Júri de Planaltina aceite a denúncia, os cinco presos tornam-se réus. Eles respondem por quase 100 crimes, segundo o MPDFT. Entre eles, extorsão, homicídio, ocultação de cadáver, fraude processual e sequestro.

Veja por quais crimes os cinco acusados foram denunciados
Gideon Batista: é apontado como o mentor dos assassinatos. A motivação, segundo revelaram as investigações, foi em decorrência da chácara onde moravam Marcos Antônio Lopes, 54, a mulher dele, Renata Belchior, 52, e a filha do casal, Gabriela Belchior. Gideon foi denunciado por homicídio triplamente qualificado (emprego de meio cruel, uso de recurso que dificultou a defesa da vítima e intenção de obter impunidade para outro crime), homicídio duplamente qualificado, ocultação e destruição de cadáver, corrupção de menores, sequestro e cárcere privado, extorsão mediante sequestro, constrangimento ilegal com uso de arma de fogo, associação criminosa e roubo.

Horácio Carlos: responderá por homicídio quadruplamente qualificado (emprego de meio cruel, uso de recurso que dificultou a defesa da vítima, intenção de obter impunidade para outro crime e vítima menor de 14 anos), homicídio triplamente qualificado, homicídio duplamente qualificado, ocultação e destruição de cadáver, corrupção de menores, sequestro e cárcere privado, extorsão mediante sequestro, constrangimento ilegal com uso de arma de fogo, associação criminosa, roubo e fraude processual.

Carlomam dos Santos: responderá por homicídio quadruplamente qualificado (emprego de meio cruel, uso de recurso que dificultou a defesa da vítima, intenção de obter impunidade para outro crime e vítima menor de 14 anos), homicídio triplamente qualificado, ocultação e destruição de cadáver, corrupção de menores, sequestro e cárcere privado, extorsão mediante sequestro, constrangimento ilegal com uso de arma de fogo, associação criminosa, roubo e ameaça com uso de arma.

Carlos Henrique Alves da Silva: responderá por homicídio duplamente qualificado (recurso que dificultou a defesa da vítima e intenção de obter impunidade para outro crime) e sequestro e cárcere privado.

Fabrício Silva Canhedo: extorsão mediante sequestro, associação criminosa, roubo e fraude processual.

Entenda o caso
A maior chacina do DF começou com o desaparecimento da cabeleireira Elizamar da Silva, 37, e dos três filhos: Gabriel, 7, e dos gêmeos, Rafael e Rafaela, 6. A mulher saiu do salão onde trabalhava, na 307 Norte, na noite de 12 de janeiro, após ser atraída para uma emboscada na casa onde moravam os sogros, Marcos Antônio Lopes, 54, e Renata Belchior, 52, — os dois também assassinados. A motivação, segundo revelaram as investigações, foi por causa da chácara onde Marcos morava, avaliada em R$ 2 milhões.

Também foram mortos o esposo de Elizamar, Thiago Silva, 30; a ex-mulher e as filhas de Marcos, Cláudia Regina, 55, Ana Beatriz, 19, e Gabriela Belchior, 25.

CB

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