Ronaldo Caiado não deve ir a evento organizado por Lula

Governador afirmou que passará por check up médico e não poderá comparecer porque serão exames que necessitam de internação

Foto: Isac Nóbrega

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), afirmou que não irá participar do evento com Lula no próximo dia 8 e janeiro porque estará internado para um check-up de exames médicos. Em dezembro de 2022, Caiado passou por uma cirurgia no coração e ficou de repouso por 45 dias. Na próxima segunda-feira, Brasília sediará o evento “Democracia Inabalada”, promovido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em resposta aos ataques golpistas às sedes dos Três Poderes ocorridos há um ano.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convidou ministros da Corte, e a cerimônia contará com a presença de cerca de 500 convidados, incluindo autoridades e representantes da sociedade civil. Entretanto, governadores que fazem oposição ao presidente e são tidos como possíveis candidatos ao Palácio do Planalto em 2026 não devem comparecer ao evento.

No último dia 12, em um evento com alguns governadores, entre eles Tarcísio de Freitas (Republicanos), para anunciar investimentos de bancos públicos nos Estados, Lula convidou os chefes dos Executivos estaduais publicamente. “Estou convidando todos os governadores, porque dia 8 de janeiro vamos fazer um ato aqui em Brasília para lembrar o povo que tentou-se dar um golpe no dia 8 de janeiro e que ele foi debelado pela democracia desse país”, disse o presidente.

Outros governadores

O governador de São Paulo, que está de férias na Europa, só retorna ao Brasil na noite do dia 8 de janeiro e, portanto, não vai participar do evento. Auxiliares de Tarcísio afirmam que a viagem já estava marcada e que houve uma coincidência nos bastidores, porém, criticam o ato promovido por Lula.

Eleito com o apoio de Jair Bolsonaro (PL), Tarcísio manteve interlocução republicana com Lula e criticou pontualmente o governo federal, apesar dos apelos da direita bolsonarista para que se engajasse mais na oposição ao petista. Participar do evento do próximo dia 8, no entanto, seria demais e criaria um constrangimento, de acordo com aliados do governador.

O Governo de Minas Gerais afirmou que a agenda do governador Romeu Zema (Novo) ainda não está definida e que pode ser acompanhada no site do governo. O Palácio Tiradentes não informou se o governador foi convidado para o ato de alguma outra forma além da convocação pública de Lula. Aliados de Zema dizem achar pouco provável que o governador compareça diante da possibilidade de desgaste político, sobretudo com a sua base na Assembleia Legislativa.

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), ainda não definiu se irá ao evento. Ele tem uma reunião de secretariado no dia, mas mantém contato com outros governadores bolsonaristas para avaliar a presença.

Castro reatou os laços com Bolsonaro ao abraçar a pré-candidatura do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) à Prefeitura do Rio de Janeiro. O realinhamento, após um ano de aproximações com o governo Lula, ocorre para se manter próximo da família do ex-presidente de olho na eleição de 2026, quando pretende disputar o Senado.

Na região Sul, nenhum dos três governadores deve comparecer. Eduardo Leite (PSDB), do Rio Grande do Sul, está de férias em Trancoso, na Bahia, e retorna ao Palácio Piratini apenas no dia 11. Tanto Jorginho Mello (PL), de Santa Catarina, quanto Ratinho Júnior (PSD), do Paraná, responderam que não irão a Brasília por já terem “outros compromissos” marcados para o dia 8.

Jornal Opção

Últimas notícias