O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) determinou a concessão de medidas protetivas à médica Natália Schincariol, que acusa seu ex-marido, Luís Cláudio Lula da Silva (foto), o filho caçula de Lula, de violência doméstica.
Ela registrou um boletim de ocorrência nesta terça-feira, 2 de abril, segundo o O Globo.
Luís Cláudio deverá deixar o apartamento em que vivia com Natália e manter distância de sua ex-companheira, com quem manteve um relacionamento por dois anos e meio.
A médica afirma ser vítima de agressões desde janeiro. O filho de Lula nega as acusações.
Natália disse no boletim de ocorrência que foi agredida fisicamente com uma cotovelada na barriga no final de janeiro. Ela também relatou violência “verbal, psicológica e moral” que “têm se intensificado ao longo do tempo”.
As sequelas das agressões incluiriam o afastamento do trabalho por um mês “devido ao trauma” e a hospitalização por “crises de ansiedade”.
Ela ainda afirmou que foi “manipulada e ameaçada para não denunciar as agressões, sob a alegação de que o agressor é filho do presidente e que possui influência para se safar das acusações”.
Segundo o boletim de ocorrência, Natália atribuiu a Luís Cláudio a seguinte declaração: “Ninguém vai acreditar em você, eu tenho poder e você não tem nada”.
A defesa do filho de Lula nega as acusações e descreveu as declarações da médica como “inverídicas” e “enquadráveis nos tipos de delitos de calúnia, injúria e difamação, além de responder por danos morais”.
Onde é o lugar de homem que bate em mulher, Lula?
Em agosto de 2022, em plena campanha eleitoral, o então candidato presidencial do PT, Lula, debochou da violência doméstica ao comentar a Lei Maria da Penha em ato no centro de São Paulo.
“Quer bater em mulher? Vá bater noutro lugar, mas não dentro da sua casa ou no Brasil porque nós não podemos mais aceitar isso”, disse o petista na ocasião.
Lula voltou a tocar no tema em março de 2023, já na Presidência da República, durante agenda oficial no Mato Grosso.
“Não é possível que tenha aumentado a violência contra a mulher. A mão de um homem foi feita para trabalhar, ou foi feita para fazer carinho, não foi feita para bater em mulher. Que canalha é esse, que tem coragem de levantar a mão para bater na sua mulher?”, disse na ocasião.
A esquerda lulista sempre defendeu que se deve acreditar nos relatos das mulheres alegadamente vítimas de violência doméstica. E agora?
O Antagonista