Cacique Raoni é barrado no STF, que julga o Marco Temporal Indígena

Faltando poucos minutos para começar a sessão, líder da etnia caiapó ainda aguardava autorização para entrar no plenário do STF, que retoma julgamento do Marco Temporal

Foto: Mayara Souto

Uma das mais importantes e conhecidas lideranças indígenas do país, o cacique caiapó Raoni foi barrado na entrada do Supremo Tribunal Federal (STF), pouco antes de começar a sessão de julgamento do Marco Temporal Indígena, nesta quarta-feira (30/8). De acordo com a assessores de Raoni, não houve explicação para que o cacique não recebesse autorização para entrar no plenário. Faltando dois minutos para o início da sessão, a reportagem do Correio constatou que ele permanecia do lado de fora, aguardando a permissão para acompanhar o julgamento na sede do STF.

O movimento indígena promove uma manifestação que começou às 11h, em Brasília. Saindo do Museu Nacional, lideranças indígenas e representantes da sociedade civil caminharam até o lado do STF, onde um telão transmite ao vivo a sessão do tribunal. Eles pedem para que o Marco Temporal seja declarado inconstitucional.

O Marco temporal emcampa a tese de que as comunidades indígenas tenham direito somente às terras que ocupavam no dia 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição Federal. Até o momento, os ministros Alexandre de Moraes e Edson Fachin votaram contra o marco, e Nunes Marques se declarou favorável à tese. Votam na sessão desta quarta-feira os ministros André Mendonça, Cristiano Zanin, Luís Roberto Barroso, Dias Toffoli, Luiz Fux, Cármen Lúcia, Gilmar Mendes e a presidente do Tribunal, Rosa Weber.

Correio Braziliense

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