O governo federal nomeou o economista Gabriel Galípolo e o servidor de carreira Ailton de Aquino Santos como diretores do Banco Central nesta sexta-feira (7). As nomeações foram publicadas no Diário Oficial da União. Os nomes dos dois novos diretores foram aprovados pelo Senado na terça (4), após uma sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) da Casa.
Ex-secretário-executivo da atual gestão, Galípolo vai assumir a direção de Política Monetária. Já Ailton Santos será o diretor de Fiscalização.
Os dois terão direito a voto no Comitê de Política Monetária (Copom), que se reúne a cada 45 dias para decidir os rumos da taxa básica de juros, a Selic. O tema é caro ao governo federal, que tem pressionado o banco para uma diminuição da taxa.
Outro interesse do governo com a indicação de Galípolo é a substituição de Roberto Campos Neto, atual presidente do BC, cujo mandato se encerra em 2024. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem estudado um nome para ocupar a vaga, e Galípolo é uma possibilidade e já tinha sido apontado, anteriormente, como um nome forte para ser sucessor de Campos Neto.
Os mandatos são de quatro anos, mas, no caso do líder maior do Banco Central, a gestão só termina no meio do mandato de cada novo presidente da República eleito, como uma estratégia para garantir a autonomia da instituição monetária.
Perfis
Galípolo é economista e até então ocupava o cargo de número 2 do Ministério da Fazenda. Ele trabalhou no Centro Brasileiro de Relações Internacionais, na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e no Banco Fator. Ele também já chefiou as secretarias de Economia e de Transportes no governo estadual de São Paulo. Na CAE, o nome dele foi aprovado com 23 votos a favor e 2 contra.
Da mesma forma, o nome de Santos foi aprovado, com 24 votos a favor e 1 contra. Ele é servidor de carreira do BC, onde está desde 1998, e já ocupou diversas funções, inclusive a de auditor-chefe da instituição e chefe do Departamento de Contabilidade, Orçamento e Execução Financeira. Ele é o primeiro negro em uma cadeira de direção do banco.
R7