Esfaqueado pela mulher, Durval é transferido à UTI do Hospital do Coração

Delator da Caixa de Pandora, Durval Barbosa, 70 anos está em observação pela equipe médica. Ele foi esfaqueado pela mulher, Fernanda Gabriela Barbosa Rodrigues, 26, dentro de casa, na 114 Sul. A agressora está presa

Foto: Iano Andrade

Delator da Caixa de Pandora, Durval Barbosa, 70 anos, foi transferido do Hospital Regional da Asa Norte (Hran) à unidade de terapia intensiva (UTI) do Hospital do Coração, no Setor Hospitalar Sul. Durval está internado devido à facada que levou na barriga. A acusada do crime é a mulher dele, Fernanda Gabriela Barbosa Rodrigues, 26, que foi indiciada por tentativa de homicídio e está presa na Penitenciária Feminina do DF (PFDF).

Apesar do golpe, a facada não perfurou nenhum órgão. O Correio apurou que, na UTI do Hospital do Coração, Durval está estável e em observação pela equipe médica. Além disso, médicos legistas foram ao local para examiná-lo. Por causa de um derrame sofrido há alguns meses, o ex-delegado está com a fala comprometida, sente dormência no braço e precisa de auxílio para caminhar.

Durval foi esfaqueado na tarde de segunda-feira (19/9) dentro do apartamento onde mora, na 114 Sul. Policiais militares foram acionados ao local e encontraram o homem ferido. À polícia, Fernanda alegou que agiu em legítima defesa e que teria usado cocaína antes do crime. Durval foi encaminhado ao Hran pelo Corpo de Bombeiros.

Prisão preventiva
Na terça-feira (20/9), Fernanda passou por audiência de custódia e teve a prisão flagrante convertida em preventiva pela Justiça. Ela foi transferida para a cadeia e permanecerá por 14 dias em uma cela isolada. O procedimento é padrão no sistema prisional desde o começo da pandemia e funciona como uma espécie de “quarentena” para saber se a detenta apresentará sintomas da covid-19.

A defesa de Fernanda alega que ela estava em surto psicótico quando esfaqueou o marido dentro de casa, na 114 Sul. A Polícia Civil do DF pediu um exame médico-legal de insanidade mental, que deve ser analisado pela Justiça.

A magistrada considerou a prática (esfaqueamento) gravíssima e indicou alto grau de periculosidade da acusada. “Embora o apartamento tivesse câmeras, estas não estariam disponíveis, reforçando a sensação de que a autuada contribuiu para dificultar a instrução processual. Muito embora a autuada sustente possível ocorrência de legítima defesa, não há elementos mínimos nos autos que possam corroborar a sua tese nesse momento processual. Por tais razões, a soltura da autuada coloca em risco a ordem pública que, se bem compreendida, está muito mais vulnerada neste caso, do que em casos de ‘pequenos’ delitos praticados com frequência”, frisou.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

CB

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