A ex-primeira-dama do Distrito Federal e viúva de Joaquim Roriz, Dona Weslian Roriz, gravou um vídeo na semana passada em que manda um recado para ex-aliados. Ela diz que apenas Joaquim Neto vai dar continuidade ao trabalho do ex-governador, desautorizando uso do nome da família por outros pré-candidatos.
“Muitas pessoas querendo aparecer nas costas de quem foi Joaquim Roriz. Isso não pode acontecer porque nós temos, dentro da nossa casa, Joaquim Neto. Esse menino que vai ser o futuro de Joaquim dentro da cidade de Brasília. Esse menino vai ser o futuro e não tem outro que queira se encostar no que Joaquim fez. Quem vai dar continuidade no trabalho de Joaquim é Joaquim Roriz Neto”, disse.
O recado foi dado em alto e bom som para pessoas próximas ao ex-governador – falecido em 2018 – e que pretendem se candidatar nas eleições de 2022, fazendo referência à antiga aliança política. É o caso do ex-vice-governador Tadeu Filippelli (MDB), que fez parte do governo Roriz, e de Paulo Roriz, sobrinho do ex-governador do DF. Ambos são pré-candidatos a deputado distrital e fazem referência a Roriz em suas publicações nas redes sociais.
À coluna, Filippelli disse que tem “profundo respeito pela família”, mas afirmou que “é legítimo contar a sua própria história”.
“Eu trabalhei em todos os governos de Joaquim Roriz e tenho muito orgulho disso. Com ele, aprendi muito e, juntos, executamos milhares de obras, entre elas a Ponte JK, o Museu da República, o Metrô, Corumbá IV, sistema viário do DF e seguramente o maior programa habitacional do Brasil. Da minha história, Joaquim Roriz faz parte e não posso abrir mão de contá-la ao Distrito Federal, sobretudo aos jovens eleitores. Tenho profundo respeito por toda a família e, em especial, pela Dona Weslian, mas, em uma democracia, é legítimo contar sua própria história”, disse o ex-vice-governador.
Paulo Roriz também afirmou ter respeito pela família, mas pontuou que o nome Roriz “não é de uma ou duas pessoas”. “O meu pai já foi deputado estadual, prefeito de Luziânia duas vezes. O Roriz não é meu, não é dela [Weslian]. É de uma família tradicional do município de Luziânia e que tem mais de 600 pessoas que assinam o sobrenome. O eleitor de hoje em dia é muito sábio. Não vai votar em pessoas só porque são neto, sobrinho ou afilhado de tal político. O eleitor quer saber quem é essa pessoa e o que ela já fez pelo DF”, disse.
Metrópoles