“Brasília é difícil de se governar”, diz Ibaneis em entrevista

Em entrevista ao programa Café com Política, Ibaneis explicou a realização das obras no Distrito Federal e propostas futuras

Foto Reprodução

Organizado pelo Sindilegis, em parceria com o Sindjus e a Anafe, o debate “Café com Política” dessa segunda-feira (5) teve como convidado especial o governador do Distrito Federal e candidato à reeleição, Ibaneis Rocha (MDB). Na ocasião, o chefe do Executivo local explicou que “Brasília é difícil de se governar”, isso porque a cidade é tombada como Patrimônio Cultural da Humanidade e deve seguir diversas regras para novas construções.

“Para a construção do Túnel de Taguatinga, tive que desenrolar quatro processos judiciais para liberar aquilo, mais um processo que existia no Tribunal de Contas. Tudo que você vai fazer no Plano Piloto, você depende do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Reforma de pontes, revitalização de tesourinha, da W3, depende da aprovação. É complicado”, comentou o líder do Buriti.

A declaração veio após o candidato ser questionado sobre melhorias na mobilidade urbana do DF. Para o seu próximo mandato, quer trabalhar pela construção do BRT Norte e pela expansão do metrô. O projeto do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) foi descartado, após avaliações do IPHAN sobre seu alto custeio e alterações no projeto arquitetônico da capital federal.

Já na questão habitacional e urbanística, o governador explicou que a gestão tem criado novos bairros com infraestrutura completa para atender as famílias e para evitar a ação de grileiros. Segundo Ibaneis, a população primeiro invade para depois buscar a regularização fundiária, e seu objetivo é inverter essa ordem de acontecimentos, construindo bairros completos, já regulares e prontos para uso.

Com isso, o governo também se preocupa menos com as questões ambientais, já que muitos locais invadidos ocupam áreas de preservação e nascentes. “Veja só o que aconteceu na 26 de Setembro: as pessoas foram para lá, começaram a invadir os terrenos, começaram a construir uma cidade, e se destruiu uma parte da floresta nacional”, contou o candidato.

O debate também falou sobre a importância da recomposição salarial dos servidores públicos, tanto para aqueles do judiciário e legislativo, quanto para aqueles do executivo local. Segundo Ibaneis, já houve avanços nesse quesito: será feito o reajuste de 18% e essa alteração já está sendo incluída também na Lei Orçamentária. Para a melhora desse cenário, ele quer manter a realização dos concursos e conversar com entidades e sindicatos.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

J.Br

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