Walter Delgatti Neto, alvo de uma operação da Polícia Federal (PF), preso preventivamente na manhã desta quarta-feira (2/8), é conhecido como ‘hacker de Araraquara’. O nome do hacker ficou conhecido na Operação Lava-Jato. Ele foi preso por acessar contas de aplicativos de mensagens de autoridades responsáveis pela operação, a chamada “Vaza Jato”. É a terceira vez que Delgatti Neto é preso.
Delgatti foi preso pela primeira vez em julho de 2019, na Operação Spoofing da PF. Na época, ele confessou que hackeou o ex-juiz federal, hoje senador, Sergio Moro, o ex-procurador Deltan Dallagnol, e outras centenas de autoridades. À época da operação, o hacker era conhecido como “vermelho”.
Em 2020 o hacker Delgatti passou à condição de liberdade condicional, mas voltou a ser preso em junho deste ano após violar a ordem judicial que o impedia de acessar a internet. Já no início de julho, a 10ª Vara Federal Brasília autorizou a soltura de Walter Delgatti Neto.
Em 2022, quando o então presidente Jair Bolsonaro (PL) questionava a segurança do processo eleitoral brasileiro, ele se reuniu com Delgatti para saber sua opinião sobre a possibilidade de as urnas eletrônicas serem fraudadas.
Relação com Zambelli
Em depoimento à PF, no início deste mês, Delgatti Neto disse que a deputada Carla Zambelli pediu que ele invadisse o sistema das urnas eletrônicas e o celular do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Ataque hacker ao sistema do CNJ faz Moraes determinar a sua própria prisão
O hacker afirmou, ainda, que a parlamentar sugeriu que ele incluísse, no Banco Nacional de Mandados Prisão, um decreto de reclusão contra o magistrado. Ele afirmou que não conseguiu invadir o sistema eletrônico de votação.
Estado de Minas