PGR pede arquivamento do caso Ibaneis, desmontando narrativa da oposição sobre 8 de janeiro
Quando o governador Ibaneis Rocha (MDB) foi afastado do cargo por 66 dias, a oposição, especialmente o PT, celebrou o que considerava seu suposto envolvimento nos atos de 8 de janeiro de 2023. Naquele dia, vândalos invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes em Brasília, desencadeando uma crise institucional.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se eximiu de qualquer responsabilidade, jogando todo o ônus no Governo do Distrito Federal (GDF) e ignorando as falhas do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do Palácio do Planalto, bem como a ineficiência dos serviços de inteligência de outras esferas de poder.
A oposição distrital, representada por PT, PSOL e Rede Sustentabilidade, chegou a protocolar um pedido de impeachment contra Ibaneis Rocha, acusando-o de crime de responsabilidade e de tentar abolir violentamente o Estado de Direito. No entanto, dois anos depois, os fatos desmontam essa narrativa: a Procuradoria-Geral da República (PGR) recomendou ao Supremo Tribunal Federal (STF) o arquivamento da investigação contra o governador, concluindo que ele não teve qualquer participação nos atos golpistas.
Mesmo diante do afastamento, Ibaneis Rocha demonstrou resiliência e retornou ao cargo antes do prazo de 90 dias determinado pelo ministro Alexandre de Moraes. O próprio Moraes, ao analisar os relatórios da Polícia Judiciária, ressaltou que não havia indícios de que o governador tentava obstruir investigações ou destruir provas.
Além disso, a CPI dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do DF, conduzida por nove meses, revelou-se um teatro político. O relatório final, elaborado sob a presidência do deputado Chico Vigilante (PT) e com apoio de Gabriel Magno (PT), excluiu o nome do então ministro-chefe do GSI, general Gonçalves Dias, uma peça-chave para esclarecer as falhas na segurança. A justificativa para essa omissão foi de que a comissão distrital não teria competência para investigar autoridades federais—um argumento conveniente para proteger aliados.
Agora, a decisão está nas mãos do ministro Alexandre de Moraes, que avaliará o parecer da PGR e decidirá se arquiva definitivamente a investigação. O desfecho desse caso expõe não apenas a inconsistência das acusações contra Ibaneis Rocha, mas também as manobras políticas que tentaram transformar uma crise de segurança em um jogo de interesses partidários.
Parece que o arquivamento do caso contra Ibaneis Rocha reforça a tese de que houve uma politização dos eventos de 8 de janeiro. A recomendação da PGR desmonta a acusação de que o governador teria responsabilidade nos atos golpistas, colocando em xeque a narrativa da oposição. Agora resta ver qual será a decisão final de Alexandre de Moraes. Você acha que isso pode mudar o debate político sobre os eventos daquele dia? da redação