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Abaixo da Inflação, Renda do Trabalhador Não Segue Queda do Desemprego

Apesar da queda no índice de desemprego, o poder de compra do trabalhador brasileiro segue em queda. Dados recentes mostram que a renda média da população ocupada tem crescido em ritmo inferior ao da inflação, o que representa uma perda real no salário.

O cenário atual revela uma aparente contradição: enquanto o mercado de trabalho mostra sinais positivos com mais pessoas empregadas, a qualidade desses empregos e a remuneração oferecida estão longe de acompanhar o custo de vida. Especialistas apontam que o avanço da informalidade, o crescimento de vagas em setores com menor remuneração e reajustes salariais abaixo do índice oficial de preços explicam a defasagem.

Segundo o IBGE, a taxa de desemprego caiu para um dos menores patamares desde 2014, mas a renda média real do trabalhador teve crescimento modesto, ficando abaixo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Isso significa que, mesmo com mais pessoas empregadas, os salários não compram o mesmo que compravam antes.

Além disso, a falta de reajustes salariais proporcionais à inflação impacta diretamente o consumo das famílias e pode dificultar a retomada econômica em médio prazo. Enquanto o mercado de trabalho avança em número, ainda falta qualidade nas contratações para que os brasileiros sintam, no bolso, os efeitos positivos dessa recuperação. da redaçao

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