Janja será a representante do Brasil nas Olimpíadas no lugar de Lula. A colunista Mônica Bergamo informou durante a manhã desta terça-feira (23) que a primeira-dama, Rosângela da Silva, conhecida como Janja, conseguiu uma credencial para acompanhar a abertura dos Jogos Olímpicos de Paris. Caso a tentativa não tivesse sucesso, o Brasil ficaria sem um representante oficial na França.
A obtenção desse documento gerou um certo ruído e desgaste, segundo Bergamo, já que a diplomacia brasileira precisou pedir uma interferência do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) para que ela pudesse ser recebida com todas as honras de representante do país pelos organizadores do evento.
Segundo interlocutores, o governo e a diplomacia são mais flexíveis. Já o Comitê Olímpico Internacional (COI) é muito rígido e duro. Logo após pressão exercida sobre o COI, o órgão afirmou que estaria abrindo uma exceção, algo excepcional, à primeira-dama.
O governo do presidente Emmanuel Macron, que possui ótimas relações com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de acordo com a colunista, abriu as portas para Janja, o que facilitou o processo durante as negociações com o COI.
Os problemas surgiram quando o governo brasileiro não cumpriu os prazos para enviar, ao Comitê Olímpico Internacional, os dados sobre a comitiva que representaria o Brasil nos Jogos. O prazo se encerrou e o governo brasileiro não havia se manifestado.
A presença aguardada era do presidente Lula, que não deu indicativos se iria ou não à cerimônia de abertura. Por fim, o mandatário avisou que não compareceria e indicou a presença da Janja para representar o Brasil.
Janja irá desembarcar em Paris, na França no próximo dia 25 de julho. Diplomatas e seguranças já estão no local e no aguardo da chegada da primeira-dama, para que um plano de agenda seja desenhado em conjunto com a representante oficial do Brasil.
Jornal Folha da Terra