O aumento de 0,83% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), em fevereiro, foi puxado pela arrancada dos custos na área de educação, que registrou elevação de 4,98% com a volta às aulas em 2024. O segmento de alimentação e bebidas também teve forte influência sobre a inflação, com avanço de 0,95% e impacto de 0,20 ponto percentual (p.p.) no índice total, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira (12/3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A alimentação em casa registrou alta de 1,12%. Os subitens com maior peso nessa expansão foram a cebola (7,37%), a batata-inglesa (6,79%), as frutas (3,74%), o arroz (3,69%) e o leite longa vida (3,49%). Segundo o IBGE, isso ocorreu como consequência do clima, que registrou temperaturas mais elevadas e maior volume de chuvas, o que reduziu a colheita de alguns desses produtos.
A alimentação fora de casa também ficou mais cara. Ela anotou elevação de 0,49% em fevereiro, acelerando em relação ao mês de janeiro, quando registrou avanço de 0,25%. O subitem refeição acelerou 0,67% em fevereiro, contra 0,17% em janeiro. O lanche fechou em 0,25%, com queda em relação ao mês anterior (0,32%).
A inflação também foi pressionada pelo grupo transportes, com alta de 0,72% e impacto de 0,15 p.p. no total do IPCA. Todos os combustíveis pesquisados tiveram alta: o etanol (4,52%), o gás veicular (0,22%), o óleo diesel (0,14%) e, principalmente, a gasolina (2,93%), que apresentou o maior impacto individual de toda a pesquisa (0,14 p.p.). Ainda em transportes foi observado alta no subitem táxi (0,64%) e ônibus urbano (1,91%).
Metrópoles