Mais quatro crianças morreram de “desnutrição e desidratação” na Faixa de Gaza, palco de uma guerra entre o Exército israelense e o Hamas, anunciou nesta sexta-feira (1º) o Ministério da Saúde do movimento islamista palestino, que governa o enclave.
As mortes foram registradas no hospital Kamal Adwan, no norte da Faixa, conforme indica um comunicado do porta-voz do ministério, Ashraf al Qudra, no qual especificou que, desde o início do conflito, dez menores morreram de “desnutrição e desidratação”.
Anteriormente, um porta-voz do Escritório das Nações Unidas para Assuntos Humanitários (OCHA) havia dito à imprensa que “se algo não mudar, a fome será quase inevitável” em Gaza. “Assim que a fome é declarada, é tarde demais para muitas pessoas”, disse o porta-voz Jens Laerke.
A grave situação humanitária em Gaza chamou a atenção internacional nesta sexta-feira, depois que o Ministério da Saúde governado pelo Hamas anunciou, no dia anterior, que mais de 100 pessoas morreram quando soldados israelenses abriram fogo contra uma multidão faminta que teria atacado um comboio de ajuda.
A comunidade internacional exigiu uma investigação sobre estas mortes e um cessar-fogo, após quase cinco meses de guerra.
O conflito eclodiu em 7 de outubro, quando comandos islamistas mataram cerca de 1.160 pessoas, a maioria civis, e sequestraram cerca de 250 no sul de Israel, segundo uma contagem da AFP baseada em dados israelenses.
Em resposta, Israel lançou uma operação aérea e terrestre para “aniquilar” o Hamas, que até agora deixou 30.228 mortos, principalmente mulheres, crianças e adolescentes, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.
Jornal de Brasília