Após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comparar as mortes de palestinos em Gaza ao genocídio de judeus na Alemanha nazista de Adolf Hitler , uma crise diplomática se instaurou. O Itamaraty, diante da delicada situação, optou por adotar o silêncio como estratégia para evitar uma escalada do conflito.
O governo israelense, em resposta às declarações de Lula, convocou o embaixador brasileiro em Tel Aviv, Frederico Meyer, para prestar esclarecimentos. Esta ação é vista como um claro sinal de descontentamento por parte de Israel. No entanto, fontes do Itamaraty, em caráter reservado, expressaram a expectativa de que a crise possa ser amenizada com o tempo.
Internamente, no âmbito diplomático brasileiro, há a esperança de que a convocação do embaixador brasileiro seja o único passo tomado pelo governo israelense, e que o assunto se resolva sem maiores repercussões. Vale destacar que situações semelhantes já ocorreram no passado, como quando o embaixador de Israel no Brasil foi convocado para dar explicações sobre críticas feitas à atuação do governo brasileiro em relação ao conflito entre Israel e o Hamas.
Por sua vez, o Palácio do Planalto emitiu uma nota na noite deste domingo (18), onde reiterou a condenação dos atos terroristas do Hamas por parte do presidente Lula desde o dia 7 de outubro. A nota também expressou a oposição a uma reação desproporcional e ao sofrimento de mulheres e crianças na Faixa de Gaza. No entanto, a nota não abordou diretamente a crise diplomática em curso nem a convocação do embaixador brasileiro em Israel.
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