A comparação feita por Lula entre a ação de Israel na Faixa de Gaza e o Holocausto foi o 3º assunto político mais comentado desde 2023, segundo a empresa de consultoria e pesquisa Quaest.
Lula afirmou, no domingo (18):
“O que está acontecendo na Faixa de Gaza e com o povo palestino não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu: quando o Hitler resolveu matar os judeus”, disse Lula.
Até o o meio-dia desta segunda-feira (19), o assunto já havia recebido 700 mil menções em Facebook, X (ex-Twitter), Instagram e Tik Tok, de acordo com o levantamento da Quaest.
O número só não é maior que o dos ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023, com 2,2 milhões de menções, e a Operação Tempus Veritatis (hora da verdade), deflagrada em 8 de fevereiro de 2024, que investiga uma tentativa de golpe de Estado para manter Bolsonaro no poder, com 1,1 milhão.
90% das menções à fala de Lula foram negativas
Segundo o levantamento, 90% das menções sobre a fala de Lula foram negativas.
Isso não significa, porém, que 90% dos brasileiros são contrários à frase, diz Nunes. Para isso, seria necessário fazer uma pesquisa de opinião.
O diretor da Quaest destaca, ainda, que o movimento de críticas à fala não foi orgânico, e sim coordenado por opositores do presidente.
“Depois que [o premiê de Israel Benjamin] Netanyahu faz a sua manifestação [crítica a Lula], a gente vai ver que aumenta muito o percentual de comentários negativos. Por quê? Porque a oposição no Brasil se organizou muito rapidamente com um discurso organizado único pedindo impeachment de Lula, tentando mobilizar a base política contra o presidente nas redes sociais”, afirmou Nunes em entrevista ao Estúdio i, da GloboNews.
A fala do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, contra o discurso de Lula ocorreu por volta do meio-dia (horário de Brasília) do domingo (19). O auge das críticas a Lula, entretanto, acontece às 22h, quando o deputado federal Marcelo Van Hatten (Novo-RS) fez uma live (veja gráfico abaixo).
Segundo o diretor da Quaest, as publicações críticas, foram construídas de uma forma a ter uma coesão de palavras, que levasse o algoritmo da rede social a dar mais visibilidade a essas publicações.
“Quando o algoritmo percebe que tem o mesmo tema sendo tratado, com as mesmas palavras e por muita gente ao mesmo tempo, ele dá cada vez mais visibilidade para esses assuntos”.
g1