Em outubro, o gasto do brasileiro na Shein e Shopee caiu 54,5% na comparação com o mesmo período de 2022. O recuo ocorreu no momento em que o governo apertou a fiscalização contra empresas que exportam para o Brasil encomendas de até US$ 50 e criou um programa específico para essas mercadorias.
De acordo com o levantamento da fintech de importações Vixtra, com dados do Banco Central, o mesmo período no ano passado, a importação na Shein e na Shopee havia chegado a 1.450 milhões de dólares, enquanto, neste ano, o montante foi de 659 milhões de dólares. Para o CEO da empresa, Leonardo Baltieri, o que explica a queda são as novas regras de cobrança de taxas às mercadorias.
“O público e as plataformas são dois dos maiores prejudicados, mas, em menor proporção, outros agentes podem sofrer com a queda no consumo. É o caso de empresas de logística e transportes, que são diretamente influenciados pela demanda por entrega desses produtos de fora do país”, explicou.
Em agosto, entrou em vigor um programa do Ministério da Fazenda chamado de Remessa Conforme, que funciona por adesão. Com ele, o Imposto de Importação para compras de até US$ 50 foi zerado — antes, era de 60%. O governo, porém, avalia aumentar a alíquota no ano que vem.
Além disso, essas empresas devem pagar ICMS (imposto estadual) de 17%, sobre compras de qualquer valor. Antes do programa, não havia alíquota única do imposto estadual para essas compras.
As empresas internacionais de comércio eletrônico em atuação no Brasil já aderiram ao programa. Na lista estão: Amazon, Shein, AliExpress, Mercado Livre e Shopee.
Jornal Mais Bragança