O plenário da Câmara dos Deputados deu início, na sessão desta quarta-feira (1º), aos debates sobre uma possível criação de uma bancada negra na Casa. O projeto, protocolado na última sexta-feira (27), é de autoria dos deputados Talíria Petrone (PSOL) e Damião Feliciano (UB) e tem o deputado baiano Antônio Brito (PSD) como relator.
Já no início do debate, o projeto já vem causando polêmica na Câmara. Entre os parlamentares que se mostram contra a criação da bancada negra é o deputado federal Bibo Nunes (PL).
“Não vejo sentido algum criar uma bancada negra com direito a voto. Então, o voto do negro valerá mais do que a do branco, mais do que o do índio, japonês, qualquer um que tenha aqui. Não tem sentido algum. Eu falo isso porque jamais fui chamado de homofóbico ou de racista. Querem também criar a bancada gay, com direito a voto. Não tem sentido algum. É um absurdo”, disse Nunes ao BNews.
“Queremos a lógica, democracia, respeito entre todos. Por que uma bancada negra com um voto? Então, os votos da Câmara toda foram lá e o negro tem um voto a mais. Por quê? O negro vale mais que os outros? Bancada branca eu também não aceitaria, porque é injusto”, acrescentou.
Ao ser questionado se existe a possibilidade de que mudar de posição com a tratativas, o parlamentar garantiu que manterá o voto “ao menos que me convençam do contrário”. “Acho difícil me convencer que tem sentido em fazer uma bancada negra com direito a voto, menosprezando o voto dos demais”, disse.
Bnews