Os policiais militares encontrados mortos no fundo do Rio São Bartolomeu morreram enquanto estavam de serviço. O cabo Wenderson André da Silva, 31 anos, e o soldado Pedro Felipe Moreira, 33 anos, tentavam capturar um foragido da Justiça, quando entraram no rio, mas acabaram se afogando. As buscas pelos PMs duraram aproximadamente seis horas até a localização dos corpos, que estavam a 50 metros da margem e a uma profundidade de 15 metros.
O tio de Pedro, Flávio Mesquita, lamentou a tragédia que abateu a família. “Ele era apaixonado pela profissão”, destacou. O PM era casado e deixa um filho, de 1 ano. “Gostava muito da família, inclusive da enteada, que o chamava de pai.”
O soldado, que morava em Samambaia, será velado no cemitério Campo da Esperança na Asa Sul, nesta quarta-feira (4/10). O início do velório está marcado para as 14h30 e sepultamento ocorrerá às 17h.
O cabo, de número 38.513, Wenderson André da Silva Alves era policial militar desde 2017, quando foi nomeado pelo estado de Goiás para o cargo.
Ele será velado no Cemitério Municipal Jardim da Saudade, Capela Chapéu do Sol, em Cristalina. O velório tem início às 12h30 e o enterro está marcado para as 14h30.
PM
A corporação divulgou nota de pesar pelas mortes dos militares. “Dois valorosos policiais militares adentraram no Rio São Bartolomeu em acompanhamento a um foragido da Justiça. Na tentativa de prender o criminoso, acabaram se afogando”, detalha a nota.
As buscas para encontrar os policiais contaram com equipes do Corpo de Bombeiros de Cristalina, Luziânia e do Distrito Federal. Os bombeiros também divulgaram nota de pesar sobre o acidente.
“É inegável o sacrifício e o comprometimento desses bravos profissionais que, no exercício de sua função, deram suas vidas em prol da segurança da comunidade. Neste momento de profunda tristeza, unimos nossos corações em luto e solidariedade às famílias enlutadas, aos amigos e colegas de trabalho”, destaca o Corpo de Bombeiros Militares de Goiás.
Buscas no rio
Nas imagens, feitas durante as buscas pelos PMs, é possível observar a escuridão no local, a falta de visibilidade nas águas e o lamaçal à beira do rio. De acordo com o CBMGO, as condições no São Bartolomeu eram extremamente desafiadoras para as equipes de mergulho, com águas turvas, muita lama e galhadas submersas.
“Esses fatores dificultaram significativamente o trabalho das equipes náuticas de mergulho, que se esforçaram incansavelmente para localizar as vítimas”, informou a corporação em nota. Os corpos das vítimas foram levados ao Instituto Médico Legal (IML) de Luziânia, no Entorno do Distrito Federal.
O acidente ocorreu por volta das 17h50, quando os policiais se envolveram em uma perseguição na região perto do município de Cristalina, a cerca de 45 km de Luziânia. Durante a perseguição, os policiais entraram no Rio São Bartolomeu e desapareceram.
Os corpos só foram encontrados após seis horas de busca, por volta das 23h40.Bombeiros de Goiás e do Distrito Federal utilizaram lanchas e mergulhadores nas buscas.
Para fazer o socorro, foram necessárias equipes de bombeiros de Luziânia, Cristalina e do Distrito Federal. O Rio São Bartolomeu fica entre Luziânia e Cristalina, municípios goianos que compõem o Entorno do DF.
Metrópoles