Alta da gasolina puxa inflação de julho; habitação e alimentação caem

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE em julho, cinco tiveram alta de preços. Maior impacto veio dos transportes

Foto: Hugo Barreto

A maior contribuição para a alta da inflação no Brasil em julho veio do grupo dos transportes, de acordo com o levantamento divulgado nesta sexta-feira (11/8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Como noticiado pelo Metrópoles, a inflação brasileira no mês passado ficou em 0,12%, voltando a subir depois da deflação registrada em junho (-0,08%).

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE em julho, cinco tiveram alta de preços. O maior impacto (0,31 ponto percentual) e a maior variação (1,5%) vieram de transportes.

Do lado das quedas, os destaques ficam com os grupos de habitação (-1,01%) e alimentação e bebidas (-0,46%). Os demais grupos ficaram entre o -0,24% de vestuário e o 0,38% de despesas pessoais.

Alta da gasolina pesou
No grupo dos transportes, a maior influência foi do aumento de preços da gasolina (4,75%). Ele respondeu por 0,23 ponto percentual no índice cheio do mês.

Em relação aos demais combustíveis (4,15%), tiveram alta o gás veicular (3,84%) e o etanol (1,57%), enquanto o óleo diesel recuou 1,37%.

Também pesaram no IPCA de julho as altas das passagens aéreas (4,97%) e do automóvel novo (1,65%).

Merece destaque, ainda, a alta do pedágio (2,44%), por causa de reajustes aplicados em diversos locais de São Paulo a partir de julho.

Alimentação e bebidas recuam
A queda no grupo de alimentação e bebidas se deve, principalmente, à redução de preços de alimentação no domicílio (-0,72%). Destacam-se as baixas do feijão-carioca (-9,24%), do óleo de soja (-4,77%), do frango em pedaços (-2,64%), das carnes (-2,14%) e do leite longa vida (-1,86%).

Do lado das altas, as frutas (1,91%) avançaram, com destaque para a banana-prata (4,44%) e para o mamão (3,25%).

A alimentação fora do domicílio (0,21%) desacelerou em relação ao mês anterior (0,46%), por causa de altas menos intensas do lanche (0,49%) e da refeição (0,15%). Em junho, as variações desses itens foram de 0,68% e 0,35%, respectivamente.

Habitação
Outra queda importante em julho foi do grupo de habitação (-1,01%). A maior contribuição veio da energia elétrica residencial (-3,89% e -0,16 ponto percentual sobre o IPCA cheio).

13 de 16 áreas pesquisadas tiveram alta
Segundo o IBGE, houve alta de preços em 13 das 16 áreas pesquisadas em julho. A maior variação foi registrada em Porto Alegre (0,53%). A menor, em Belo Horizonte (-0,16%).

Veja a variação de todos os grupos pesquisados:

– Transportes: 1,5%
– Despesas pessoais: 0,38%
– Saúde e cuidados pessoais: 0,26%
– Educação: 0,13%
– Artigos de residência: 0,04%
– Comunicação: 0%
– Vestuário: -0,24%
– Alimentação e bebidas: -0,46%
– Habitação: -1,01%

Metrópoles

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