A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu, nesta quarta-feira (26/7), Bruno Oliveira Ramos, enteado de Jacob Vieira da Silva, 62 anos. O vigilante é o principal suspeito pela morte do policial militar aposentado, encontrado morto dentro de uma cisterna, na Cidade Ocidental.
Conforme o Correio revelou em primeira não na segunda-feira, Bruno era o principal envolvido. Segundo as investigações, o crime foi cometido junto ao sócio dele, identificado como Mateus Nascimento. A identidade de Mateus também foi divulgada pela reportagem no começo da semana. Mateus segue foragido.
Mateus é sócio de Bruno e, de acordo com a apuração policial, o crime teria sido motivado por uma quantia de quase R$ 1 milhão. Mateus é proprietário de um Ford Ka branco, o mesmo utilizado para buscar Jacob em casa, na tarde de 10 de julho. Por mensagens trocadas com a equipe de reportagem do Correio, o suspeito se declarou inocente, mas ele não compareceu à delegacia para prestar depoimento. “Não foi intimado”, respondeu. No entanto, em um boletim de ocorrência registrado na Delegacia da Cidade Ocidental ainda no período de buscas por Jacob, Mateus é citado como a última pessoa a estar com Jacob.
Nessa terça-feira, o Correio esteve em um condomínio localizado no Friburgo (GO) e conversou com pessoas conhecidas de Mateus. Temerosos, moradores relataram que o rapaz costuma andar armado perto das casas. “Ele se mostrava com a arma aqui para cima e para baixo, até na frente de crianças. Era uma forma de intimidação”, relatou uma mulher que preferiu não revelar a identidade.
O Correio também conversou com o advogado de Mateus. Lyndon Johnson garantiu que o cliente é inocente, mas que tomará conhecimento acerca do inquérito na manhã dessa quarta.
O caso
Jacob desapareceu na tarde do dia 10 de julho após sair de casa, em Santa Maria. As imagens das câmeras de segurança mostraram o PM aposentado entrando em um Ford Ka branco. Depois disso, não foi mais visto.
Antes de desaparecer, o policial recebeu uma ligação misteriosa pelo celular pedindo para que ele saísse de casa. Os familiares do PM informaram que o telefonema ocorreu pouco antes das 14h do dia do desaparecimento. Pelo telefone, Jacob teria dito: “Estou saindo aí fora”. Antes de sair de casa, ele pegou a arma e a colocou na cintura.
O corpo foi encontrado na tarde de 18 de julho, após a polícia receber uma denúncia anônima informando que o cadáver estaria dentro de uma cisterna na chácara que pertence a um filho da ex-mulher de Jacob.
Correio Braziliense