Grupo de WhatsApp do PL tem ‘briga’ por reforma tributária

Parlamentares do núcleo bolsonarista chegaram a pedir a expulsão de correligionários que votaram a favor da reforma tributária

Foto: Divulgação PL

Os deputados federais do Partido Liberal (PL), a maior bancada da Câmara, com 99 parlamentares, protagonizaram um momento de “bate-boca” em um grupo de WhatsApp após votação da reforma tributária. Nas mensagens, deputados mais radicais ofendem os correligionários que votaram a favor da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 45/19 que altera o sistema tributário brasileiro.

A sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fez forte campanha contra a reforma, inclusive partindo para um campo mais ideológico, chamando a proposta de “reforma do PT” e “reforma da fome”. A expectativa era de que a bancada votasse de modo unânime contra, mas 20 deputados foram favoráveis à PEC 45.

Segundo informações do blog da jornalista Andréia Sadi, do G1, os parlamentares ofendidos foram: Vinicius Gurgel (AP), Luciano Vieira (RJ) e Yuri do Paredão (CE). O parlamentar do Ceará, que estava de licença, já foi protagonista de polêmica dentro do partido, quando publicou uma foto ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Entre os que ofenderam os colegas estariam os deputados Carlos Jordy (RJ), líder da oposição na Câmara, André Fernandes (CE) e Gustavo Gayer (GO). Outros parlamentares mais moderados, como o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello (RJ), teriam tentado acalmar os ânimos internos.

O grupo chegou a ser suspenso pelo líder do partido, Altinêu Cortes (PL-RJ), afirmando que é preciso respeitar a posição de cada integrante da legenda.

Apesar de a maioria do partido ter votado contra a reforma tributária, os 20 votos favoráveis são vistos como uma “derrota”, principalmente após o vazamento de um vídeo da reunião da legenda no dia da votação. No encontro, os parlamentares aparecem em um momento de desentendimento com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), principal aliado do ex-presidente Bolsonaro.

Estado de Minas

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