O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), avisou pessoalmente o presidente Lula sobre sua decisão de antecipar a aposentadoria para logo depois do feriado da Páscoa. A informação foi publicada nesta quarta-feira, 29, pelo G1.
Pela lei, ele pode permanecer até 11 de maio, quando completará 75 anos, mas vai encaminhar o ofício formalizando o pedido de aposentadoria até o fim desta semana.
A conversa com Lula, segundo o G1, ocorreu na quarta-feira 22, no Recife, quando o ministro do Supremo homologou o acordo entre a União e de Pernambuco para gestão compartilhada do arquipélago de Fernando de Noronha. O ato foi realizado no Palácio do Campo das Princesas, sede do governo de Pernambuco. Foi lá que Lula e Lewandowski conversaram reservadamente, informou o portal.
O ministro assumiu a vaga no STF em março de 2006, aos 57 anos, indicado por Lula, no último ano de seu primeiro mandato. Uma das últimas decisões de Lewandowski foi, liminarmente, derrubar artigos da Lei das Estatais que impediam ministros, secretários e parlamentares de assumir vagas nos Conselhos de Administração e diretorias das empresas públicas. O pedido foi feito em ação movida pelo PCdoB, aliado do governo Lula.
Com a aposentadoria de Lewandowski quase um mês antes do prazo, Lula também deve antecipar o processo de escolha de um nome para a vaga. Há dois nomes principais: um é do professor Manoel Carlos de Almeida Neto, que foi secretário-geral da presidência do STF e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que tem grande proximidade com Lewandowski. Segundo o G1, o ministro disse a interlocutores que Almeida Neto seria para ele “uma espécie de filho”. Outro nome é do advogado de Lula, Cristiano Zanin.
Revista Oeste
