O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) participou do evento SA Summit 2023, nesta segunda-feira (27/2), na Flórida. Durante discurso, ele defendeu os presos da invasão nas sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro. O ex-mandatário disse que os invasores são “tratados como terroristas”.
“No Brasil, tudo passou a ser fake news, atentado contra o Estado Democrático de Direito. Vão completar dois meses com 900 pessoas presas, tratadas como terroristas”, afirmou. “Não foi mostrado, quando foram presas, um canivete sequer com elas. E estão presas. Chefes de família, senhoras, mães, avós”, emendou.
Bolsonaro ainda criticou a fala do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, de que as pessoas que participaram dos atos são “muito perigosas” e comparou com a transferência do chefe do PCC, Marcola, para a Penitenciária Federal em Brasília.
“Trouxeram o Marcola agora para o convívio da sociedade. Esse não tem perigo nenhum, mas essas pessoas que estão presas, 900 aproximadamente, são perigosas.”
Entre os presos pela invasão de 8/1 está Maria de Fátima Mendonça Jacinto Souza, de 67 anos, conhecida como “Fátima de Tubarão”. Ela foi condenada por tráfico de drogas em 2012. Fátima ainda responde pelos crimes de estelionato e falsificação de documento público em outro processo, segundo o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC).
No ato terroristas de 8 de janeiro, Fátima de Tubarão aparece em vídeo dizendo: “Vamos para a guerra, é guerra agora. Vamos pegar o Xandão agora”, em referência ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Metrópoles