O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), anunciou, nesta segunda-feira (9/1), que o sistema prisional goiano colocou cerca de 270 vagas à disposição do Poder Judiciário no Presídio Estadual de Águas Lindas de Goiás e na Central de Triagem, no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia. As vagas são para possíveis detidos em razão dos atos antidemocráticos ocorridos em Brasília nesse domingo (8/1).
Em ataques terroristas, golpistas apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) destruíram prédios públicos na capital federal.
“Nós, em Goiás, não vamos aceitar qualquer ato de vandalismo ou de criminalidade que venha a colocar em risco nosso sistema democrático”, disse o governador ao comentar que a destruição causada em Brasília foi consequência de uma “omissão das forças policiais do Distrito Federal”.
Caiado determinou, como medida preventiva, o reforço na segurança de prédios públicos goianos, como o Tribunal de Justiça, Assembleia Legislativa, Ministério Público, Tribunais de Contas e Defensoria Pública.
O estado goiano também monitora, em parceria com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), pelo menos três rodovias que correm o risco de tentativa de bloqueio: BR-060, entre Goiânia e Anápolis; BR-153, entre Goiânia e Itumbiara; e BR-040, entre Luziânia e Brasília.
Esses pontos também ganham atenção especial do monitoramento de inteligência. Ainda segundo o governador de Goiás, 60 policiais estão posicionados no Entorno do Distrito Federal e preparados para atuar no reforço da segurança de Brasília, caso sejam convocados pela Força Nacional.
Ônibus apreendidos
Até o momento, oito ônibus foram apreendidos em Goiás, logo após deixarem Brasília, todos são alvo de investigação e seus ocupantes prestam depoimentos. “Nossas ações, conforme a decisão do ministro Alexandre de Moraes, são de identificação das pessoas. O protocolo é o que a Polícia Federal está definindo”, explicou Caiado.
Alguns dos veículos foram deslocados para Jataí, Itumbiara e Catalão. Outros, destinados à capital goiana. “Nossas forças de segurança dão proteção a esses locais onde as pessoas estão sendo ouvidas.”
Metrópoles