Mulher corta os pulsos e denuncia violência doméstica durante socorro em Goiás

Marido chegou a arrancar o soro do braço da mulher na tentativa de tirá-la do hospital. Ele foi preso no estacionamento da unidade

Foto: PMGO

Uma mulher de 28 anos cortou os próprios pulsos para ser socorrida e conseguir denunciar que sofria violência doméstica, na capital goiana. Ao receber atendimento médico, a vítima relatou que estava em cárcere privado, sem contato com a família e era agredida pelo marido. Os funcionários da unidade de saúde acionaram a Polícia Militar.

O caso ocorreu na tarde dessa terça-feira (3/1).

Aristo Alvez Meira Filho foi preso em flagrante pelo Batalhão Maria da Penha. Segundo informações da corporação, o homem chegou a entrar no hospital e arrancar a mulher à força do local.

Durante o atendimento no hospital, a vítima contou a um dos enfermeiros que sofria agressões há 10 meses. Segundo ela, tomou a atitude de automutilação para que fosse levada ao hospital ou para o que o companheiro a deixasse morrer.

“Momento em que Ariston ficou na parte de fora, ela pediu socorro ao enfermeiro e a equipe médica, alegando que estava em cárcere privado e sofrendo violência. E que o único meio que arrumou foi cortar o pulso para conseguir socorro médico e pedir ajuda, pois já não aguentava mais a situação”, descreve a ocorrência da PM.

Prisão
Os funcionários do hospital contaram à PM que não deram alta de imediato para a mulher para que desse tempo de os policiais chegarem à unidade de saúde. E, ao perceber que o atendimento da esposa estava demorando, o homem invadiu a emergência e tentou sair com a mulher do local.
“Retirou-a do leito, arrancando o soro dela e saindo sem autorização. A atendente do estacionamento o barrou para poder atrasá-lo. Ele ameaçou jogar o carro sobre a cancela, momento em que a viatura chegou ao local”.

O homem foi levado para a Central de Flagrantes da Polícia Civil, onde acabou autuado em flagrante. A mulher permaneceu no hospital para receber cuidados.

Segundo o sistema público do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), o acusado permanece preso até esta quarta-feira (4/1). O caso é investigado pela Polícia Civil.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Metrópoles

Últimas notícias