Jovem confessou o crime no momento da prisão e levou policiais militares até ao local onde escondeu e queimou o corpo. A mulher foi morta a facadas e depois jogada num córrego, segundo a polícia.
A Polícia Militar encontrou nesta quarta-feira (19) o corpo de uma mulher que estava desaparecida desde o final de semana. O companheiro dela registrou uma ocorrência pela internet relatando o desaparecimento para tentar disfarçar o crime, segundo a polícia, mas acabou confessando que matou a mulher e foi preso.
Foi o próprio suspeito que levou os policiais até o córrego onde ele disse ter jogado o corpo da companheira, no Setor Eli Forte, em Goiânia. O corpo de Júlia Maria Costa de Araújo, de 28 anos, estava enrolado em um tapete, dentro de um sofá, que foi incendiado no local.
O companheiro de Júlia foi identificado como Pedro Henrique Conceição Nunes, de 22 anos. O major da Polícia Militar Hugo Bravo explicou que Pedro estava com um amigo na kitnet onde o casal, que veio do Maranhão, morava. No apartamento, o amigo teria pedido para Pedro não matar a mulher, mas depois acabou ajudando a ocultar o corpo dela.
Júia Araújo foi morta a facadas, segundo a polícia. Do apartamento, o suspeito e o amigo teriam levado o corpo em uma pick up que pertence à empresa onde Pedro trabalha. No serviço, ele disse que ia usar o carro para jogar lixo fora.
O g1 não localizou as defesas de Pedro Henrique Conceição Nunes e Patrício Pinto Sousa para se manifestar até a última atualização desta reportagem.
A Polícia Civil informou que Pedro está preso por feminicídio e ocultação de cadáver e Patrício foi detido por ocultação de cadáver, mas que o delegado responsável pelo caso pode acrescentar a tipificação de falsa comunicação de crime.
Imagens de uma câmera de segurança mostram o momento em que o sofá com o corpo da vítima é colocado no veículo, no final da manhã de segunda-feira (17). Outro vídeo já mostra o carro no local onde o corpo foi abandonado.
“Tudo leva a crer que foi ciúme. A vítima queria retornar ao Maranhão. O relacionamento parecia estar abalado e ele não aceitava o retorno”, explicou o major da PM Hugo Bravo.
Investigação
Após o registro da ocorrência, a polícia foi até a rua onde o casal morava e os vizinhos contaram que Júlia estava desaparecida desde domingo (16) à noite, quando eles ouviram uma discussão entre os dois.
Depois, os policiais abordaram o suspeito no trabalho, onde ele confessou o crime e levou os militares até o córrego onde estava o corpo.
A mãe de Júlia, que mora no Marnahão, mandou áudios desesperados para Pedro em busca de notícias da filha.
“Pelo amor de Deus! Procura ô Pedro para mim, por favor, porque não to aguentando mais. Eu estou passando mal, estou ruim, por favor”.
g1 – Goiás