Em missa, Dom Orlando Brandes diz que é necessário exercer o direito do voto

Declaração foi dada um dia após a CNBB divulgar uma nota lamentando o uso da fé para campanha de segundo turno

Foto: Jornal Opção

Um dia após a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgar uma nota lamentando o uso da fé para campanha de segundo turno, o arcebispo de Aparecida (SP), Dom Orlando Brandes, fez nesta quarta-feira, 12 uma defesa enfática da importância do voto e deixou aos fiéis alertas sobre alguns dos desafios que o povo brasileiro enfrenta.

A declaração foi feita durante o sermão na principal missa deste feriado no Santuário Nacional de Aparecida. O arcebispo listou a fome, o desemprego e o ódio como ameaças que ainda afetam a sociedade, e fez uma referência à pandemia como um “dragão” que já foi vencido.

No sermão, o arcebispo incentivou os brasileiros a votarem no 2° turno das eleições presidenciais. “É necessário exercer esse direito e poder do povo, a exemplo de Maria e José em Belém, se alistando no recenseamento do próprio império. Mas quem vai vencer é Jesus”, disse.

O religioso pediu aos brasileiros para seguir o conselho de Nossa Senhora Aparecida. “Escutar Deus, mas escutar também o clamor do povo. Porque ela escutou muito bem no Evangelho. Eles não têm mais vinho. no nosso caso, faltando pão, faltando paz, faltando fraternidade. Esses são os vinhos que todos nós precisamos nos dias de hoje”.

A missa solene, principal celebração do 12 de outubro, teve a presença do senador eleito Marcos Pontes e de Carlos França, ministro das Relações Exteriores.

Segundo o Santuário Nacional, o presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) prevê participar de uma das missas do 12 de outubro.

Histórico de críticas

Nos últimos anos, as homílias de Dom Orlando Brandes foram marcadas por críticas. No ano passado, o religioso afirmou que “para ser pátria amada não pode ser pátria armada”.

Em 2020, Dom Orlando Brandes criticou a volta da impunidade e também as queimadas em biomas como Amazônia e Pantanal.

Já em 2019, o sermão criticou o “dragão do tradicionalismo” e disse que a “direita é violenta e injusta”.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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