A Defensoria Pública de Goiás (DPE-GO) enviou ofício às secretarias Estadual de Educação de Goiás e Municipal de Educação de Padre Bernardo pedindo a apuração sobre o caso de crianças que marcharam empunhando simulacros de armas de fogo. O caso aconteceu no último mês, durante uma aula no Colégio Estadual Santa Bárbara. A demanda da DPE-GO foi enviada na última sexta (2) e, segundo a secretaria de Estado de Educação (Seduc), a gestora da unidade foi exonerada do cargo.
Segundo o ofício, as pastas devem realizar a apuração das responsabilidades de quem idealizou e de quem se omitiu em relação às atividades filmadas. O documento pede, ainda, que as secretarias esclareçam sobre treinamento pedagógico para explicar sobre as consequências negativas do uso de armas de fogo e simulacros em escolas – e por crianças.
“Quando essa simulação abjeta ocorre em um ambiente escolar, há uma maior reprovabilidade da conduta, pois a escola deveria atuar como espaço para aprendizagem, e, consequentemente, como agente minimizador de todas as formas de violências”, afirma o defensor Marco Túlio Félix Rosa.
De acordo com ele, o ambiente escolar não corresponde com as práticas filmadas no colégio. Ele cita, ainda, que situação desvirtua o que Lei n.9394/96 – que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional – almeja para a educação. “Por consectário lógico, então, essa apologia à violência deve ser rechaçada no ambiente escola.”
Posicionamento
A secretaria estadual de Educação informou ao Mais Goiás que a gestora/diretora já foi exonerada do cargo. Além disso, foi aberto um processo administrativo disciplinar (PAD) para apurar o caso. Não foram dados mais detalhes.
O portal também entrou em contato com a secretaria municipal da Educação da cidade. A pasta informou que ainda não recebeu o ofício.
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